Entre os dias 3 e 4 de janeiro o SINTESE realizou no povoado Porto do Mato, em Estância, mais uma etapa do curso de formação voltado para lideranças das comissões sindicais municipais. Desta vez professores das regiões Sul, Centro-Sul, Baixo São Francisco e Alto Sertão tiveram a oportunidade de debater a história do movimento sindical, seus dilemas e desafios.
Os debates foram guiados por texto de Emílio Gennari, que abordavam as histórias e as lutas do movimento sindical, desde seu surgimento na Europa até os dias atuais. A intensão do curso é promover uma reflexão ampla e contextualizada sobre a atual conjuntura em que está inserido o movimento sindical. A ideia é que a partir desta analise as lideranças do SINTESE nos municípios sergipanos consigam compreender os avanços, os retrocessos e o que ainda precisa ser conquistado pela classe trabalhadora.
Para dar mais dinamismo ao curso, foi utilizada a metodologia paulofreireana dos círculos de cultura, na qual a aprendizagem é feita pela troca. Os participantes foram divididos em dez grupos. Dentro destes grupos os textos foram lidos, discutidos e maturados. Após a leitura os grupos voltavam para a plenária, compartilhavam as ideias do texto com os demais e faziam o debate. Mais de 100 professores participaram desta etapa do curso de formação.
Luta
Para a vice-coordenadora da sub-sede Sul, professora Fabiana Lisboa, o curso de formação contribui para manter viva a luta. “Quem está nas comissões tem um papel muito importante de formar a categoria em seus municípios e esse curso, como todos os outros, nos ajuda a manter a luta viva. O texto que nós estamos trabalhando é excelente porque traz a luta da classe trabalhadora, todas as suas intervenções, suas influências e isso vai nos ajudar a compreender as lutas atuais a partir de toda luta histórica que tem sido travada pelos sindicatos, associações e confederações de trabalhadores”, argumenta.
A professora Juliana Bomfim, membro da comissão sindical de Tobias Barreto, ver o curso como um importante espaço para compartilhar experiência e fortalecer a luta. “Saio do curso como o sentimento de que não dá mais para ficar de braços cruzados. Quero reunir a categoria, reunir meus colegas para convencê-los que a luta tem sempre que continuar”, acredita Juliana.
Para o membro da comissão sindical de Nossa Senhora da Glória, professor Hugo Santana de Souza, o curso é de suma importância para a formação da consciência de luta de classe. “Até porque se os trabalhadores não estiverem unidos e sempre mantendo a formação continuada eles vão perder sua organização. É importante absorvemos este conhecimento e levar para a categoria em nossa região, devemos ser multiplicadores deste conhecimento”, afirma.
Curso de formação
Esta foi a primeira das cinco etapas do curso de formação para lideranças das comissões sindicais municipais. O curso se estenderá pelos próximos três anos e o SINTESE pretende continuar o ministrando de forma descentralizada para garantir a maior participação dos membros das comissões sindicais. Esse processo longo de formação também é o princípio para a gestão da Escola de Formação do SINTESE onde os professores poderão estudar, refletir e debater novas formas de luta.