Professores e comunidade da Barra dos Coqueiros fazem ato para pedir paz

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A caminha percorreu a principal avenida do município

O SINTESE, juntamente com movimentos sociais, religiosos, organizações não governamentais,A caminha percorreu a principal avenida do município estudantes, pais e mães, participou de ato contra violência no município da Barra dos Coqueiros.  O ato aconteceu na tarde desta quinta-feira, 19 e percorreu a principal avenida do município.

A Barra dos Coqueiros é dona dos tristes títulos de 3ª cidade mais violenta de Sergipe e 250ª mais violenta do Brasil. Diante da falta de políticas públicas efetivas de segurança por parte da prefeitura, conduzida por Airton Sampaio Martins, a população se uniu aos movimentos sociais, sindicais e ONGs e foi para a rua pedir paz.

“Não temos que sentir na pele a violência para pedir paz. Nossos jovens estão tendo suas vidas ceifadas. Estamos aqui hoje para pedir vida. E vida passa por mais cultura, saúde, trabalho e educação. Não podemos naturalizar a violência. Temos que naturalizar o amor, a paz, a dignidade e a educação de qualidade”, aponta o representante do SINTESE e professor da rede municipal de Barra dos Coqueiros, Ideltino Barreto.

Presente no ato a vice-presidente do SINTESE, professora Ivonete Cruz, colocou que a cada dia queVarias representações e segmentos da sociedade participaram do ato passa professores e estudantes se sente mais inseguros para irem à escola e que esta insegurança vem da falta de políticas por parte dos gestores públicos que visem combater a violência no ambiente escolar. A professora ponderou também que a violência não é algo natural, mas sim fruto de negação de direitos.

“A violência tem crescido de tal forma que ir para escola trabalhar tem se tornado um risco. Mas não podemos naturalizar a marginalidade ou dizer que a violência é inerente a um sujeito, a violência é fruto da desigualdade social, da falta de política pública que garantam as nossas crianças e jovens lazer, moradia digna, saúde e educação. A educação é um dos principais pilares para o combate a violência, pois é na sala de aula que formamos o povo brasileira. A escola deve ser um espaço de saberes, de cultura e de artes e não um espaço que reproduza a violência do abandono e da desigualdade de oportunidades”, avalia a vice-presidente do SINTESE

Caso de violência na Escola

No dia 23 de outubro a professora Mercedes dos Santos teve seu carro roubado na porta da Escola Municipal João da Cruz, localizada no município da Barra dos Coqueiros. Ao estacionar na porta da escola a professora foi surpreendia por um assaltante que entrou em seu carro e mandou ela dar a partida. Desesperada a professora saiu do veículo e correu para dentro da unidade de ensino, onde se trancou dentro de um banheiro. O assaltante, que estava armado, invadiu a escola, arrombou a porta do banheiro onde estava a professora, pegou a chave do carro e levou o veículo.

No dia 12 de novembro a vice-presidente do SINTESE se reuniu em audiência com o Secretário de Segurança Pública do Estado, Mendonça Prado, para saber como estava o andamento dos casos de violência no ambiente escolar, inclusive o da professora Mercedes dos Santos. Ivonete Cruz colocou também a necessidade de se debater políticas articulada, entre órgão do governo e outros setores da sociedade, no intuito de prevenir a violência nas escolas públicas.

O secretário se comprometeu a encaminhar ao SINTESE o andamento dos casos e também em agendar uma reunião para discutir formas de prevenir e enfrentar a violência no entorno e no interior das escolas.