Os professores da rede municipal de Propriá retornam às atividades nesta quinta-feira, 19. Em reunião no Ministério Público o prefeito José Américo apresentou proposta que visa normalizar o calendário de pagamento não só do magistério, mas de todos os servidores públicos municipais. A reunião foi fruto de intensa mobilização dos professores, que chegaram a ocupar a sede da prefeitura. Os professores também respeitaram a decisão judicial que atendeu a solicitação do poder municipal e decretou a greve ilegal.
Durante o período de greve os educadores realizaram atos públicos na sede do município e nos povoados, dialogando com os propriaenses sobre os problemas da Educação e denunciando o constante parcelamento e consequente atraso no pagamento dos salários, além do sucateamento das unidades de ensino. Durante todos os atos professores contaram com o apoio e solidariedade dos estudantes, mães, pais e responsáveis, pois somos nós que estamos nas escolas e eles que dependem delas que sabem os problemas por quais passamos.
“A proposta ainda não atende nossas reivindicações de termos nossos salários pagos de forma integral e dentro do mês trabalhado, mas saímos desta greve de cabeça erguida e com a consciência de que cumprimos o nosso dever em expor para a sociedade propriaense e sergipana os problemas por quais passam a Educação”, aponta a professora Maria Glaucia Oliveira.
Os educadores têm a perspectiva que a administração municipal cumpra as propostas intermediadas pelo Ministério Público.
Normalização dos pagamentos
De acordo com termo assinado no Ministério Público, o pagamento dos salários dos servidores será atualizado até o quinto dia útil de janeiro de 2016 nos seguintes termos:
- Os 64% dos salários do mês de setembro do magistério será pago dia 23/11;
- O salário do mês de novembro será pago no dia 11/12
- Décimo terceiro dia 20/12
- Salários de dezembro (para todos os servidores) 5º dia útil de janeiro
- Salários de outubro – parcelado em 4 vezes, com a primeira sendo paga em 20/01/16
Além disso, o município está proibido de fazer qualquer empenho relativo a serviços de publicidade, propaganda e eventos festivos até que o acordo seja cumprido.
Caso o prefeito José Américo não cumpra os termos do acordo receberá multa no valor de 10% da folha de pagamento dos servidores públicos de Propriá.
“Os professores de Propriá voltam às atividades. Mas é preciso que a administração municipal tenha uma política séria com a Educação e de valorização dos servidores, pois há recursos para pagar os professores e demais servidores públicos em dia. Oque tem faltado é boa vontade política para gerir a educação”, aponta Lúcia Barroso da direção executiva do SINTESE.