Santa Luzia: sem motivo prefeito, mais uma vez, atrasa início de ano letivo

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O prefeito Paulo César volta a repetir ação do seu primeiro ano de mandato. Sem justificativa o início do ano letivo é, mais uma vez, atrasado.

As aulas das escolas da rede municipal terminaram na primeira semana de dezembro e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação exige que os alunos da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) tenham 200 dias letivos, era lógico que as aulas em 2014 deveriam começar no mês de fevereiro. Mas a informação é: as crianças e jovens de Santa Luzia só poderão ir às escolas a partir do dia 10 de março.

O mais curioso é que o prefeito apresenta duas justificativas para o início atrasado das aulas: a primeira é falta de condições financeiras do município e segunda porque os professores estão greve. Tal informação não condiz com a verdade, por isso os docentes estão fazendo uma peregrinação por todos os povoados para dialogar com os alunos, pais e responsáveis.

“Estamos indo de casa em casa dialogando com o povo de Santa Luzia, mostrando que não há motivo para que as aulas comecem tão tarde. Tal decisão do prefeito só traz prejuízos aos alunos”, aponta Ivonia Ferreira, coordenadora geral da sub-sede Sul do SINTESE.

Os docentes já percorreram os povoados Cajazeiras: Taboa, Crasto e Rua de Palha, Areia Branca e Piçarreira.

Professores em caravana nos povoados de Santa Luzia

Professores em caravana nos povoados de Santa Luzia

Fim da Gestão Democrática

Outro ponto de diálogo entre os professores e a população luziense é sobre o fim da Gestão Democrática.

No final do ano passado, praticamente na última sessão da Câmara de Vereadores, o prefeito Paulo César apresentou projeto de lei (que foi aprovado) exterminando com a Gestão Democrática que vigorava no município desde 2007. Professores e a comunidade escolar em geral foram pegos de surpresa com esse retrocesso.

“Durante a administração passada as direções das unidades escolares eram eleitas através do voto dos professores, pais, alunos e funcionários de forma democrática, rompendo assim com os vícios do velho coronelismo carcomido, e essa foi uma das maiores conquistas do sindicato dos professores e do povo luziense. A gestão democrática projetou o nome de Santa Luzia do Itanhi para todo o Estado de Sergipe”, diz texto da carta aberto que os professores estão distribuindo nos povoados.

Na manhã desta terça, 18, os professores se reúnem em plenária para deliberar a realização de um ato público na sede do município.