Os professores da rede municipal de São Cristóvão paralisam as atividades nesta quinta, 26 e fazem ato público no calçadão do centro histórico da cidade a partir das 8h. Eles reivindicam reajuste do piso, melhoria nas escolas e transparência no gasto dos recursos da Educação.
O magistério sancristovense completa três anos do fatídico corte nos salários, que até hoje afeta a vida dos educadores e famílias. A estrutura física das escolas ainda é precária e causa preocupação e, para completar esse cenário caótico, a administração de Rivanda Batalha não presta contas sobre como gasta os recursos da Educação.
Sem reajuste
Depois do corte de salário que deixou os educadores com remunerações no mínimo 30% menores não houve reajuste nos vencimentos do magistério e nenhum aceno da administração municipal em recuperar as perdas da carreira.
Após muitas denúncias e pressão, a prefeita Rivanda Batalha apresentou uma proposta de reajustar os salários em 13,01% (índice de reajuste do piso em 2015) e criar uma comissão com objetivo de acompanhar os recursos financeiros da Educação na perspectiva de recuperar as perdas dos professores. No entanto a prefeita não diz em que tempo isso irá acontecer, podendo os professores continuar sendo massacrados por muitos anos. Para, além disso, a administração municipal colocou uma condicionante, só apresentava o projeto a Câmara de Vereadores se os educadores retirassem as ações judiciais contra a Prefeitura de São Cristóvão.
Os professores de São Cristóvão não podem esperar. Aceitam o reajuste de 13,01% com a garantia de que as perdas serão recuperadas ainda no ano de 2015. Afinal de contas são três anos de massacre.
O magistério, em assembleia, decidiu não aceitar a condição apresentada pela prefeitura, pois compreendem que a aceitação do índice de reajuste (13,01%) não implica na retirada ou arquivamento de ações judiciais abdicando dos direitos trabalhistas, legais e legítimos, dos educadores e educadoras desse município.
Falta transparência
Em audiências, tanto com a administração municipal quanto no Tribunal de Contas do Est5ado de Sergipe – TCE/SE, o SINTESE chamou a atenção para o fato de que não há informações no site da Transparência. Quem buscar saber sobre o uso dos recursos vinculados à área educacional em 2014 não vai encontrar informação.
Com essa prática a atual gestão pública de São Cristóvão descumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Acesso a Informação, além da própria Constituição Federal por não contribuir (através da divulgação dos gastos) para o exercício do controle social.