SINTESE distribui cestas de alimentos para professores de Carira

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A coordenação da sub-sede Agreste do SINTESE (localizada em Itabaiana) tem percorrido o município de Carira para fazer a distribuição de cestas de alimentos aos educadores. Isso porque os professores tiveram os salários do mês de junho cortados pelo prefeito Diogo Machado. Vários professores ficaram sem receber um tostão, pois tinham financiamentos ou empréstimos que são descontados diretamente.

O sindicato avalia a atitude do prefeito como arbitrária, pois a categoria retornou às atividades após a decisão judicial e vale lembrar que a paralisação das atividades se deve aos quatro anos que os educadores estão sem reajuste do piso. Isso faz com que os professores de Carira tenham os piores salários de Sergipe.

“Além de sofrer por estar sem reajuste do piso e com sérios problemas na Educação como um todo, o magistério ainda sofre com a atitude vingativa do prefeito em cortar os salários e deixa-los a beira de passar fome”, aponta a professora Enivalda Leite da coordenação da sub-sede Agreste do SINTESE.

Vale lembrar que sem salários os professores ficam impossibilitados de ministrarem suas aulas, principalmente àqueles que trabalham nos povoados, pois estão sem recursos para pagar o transporte. “O gestor municipal pensa que ao cortar aos salários vai punir somente os professores, mas os estudantes também serão prejudicados”, aponta Givaldo Costa, delegado sindical do SINTESE em Carira.

O SINTESE tenta há meses negociar o pagamento do reajuste e dos passivos trabalhistas, no início do mês de maio havia a expectativa de solucionar o problema, pois estudos realizados pelo sindicato nas folhas de pagamento e nos recursos da Educação que o município recebe constataram a possibilidade de pagar o reajuste do piso e restabelecer a carreira do magistério.

Chegou-se a um entendimento e o projeto de lei que garantia o reajuste a recuperação da carreira já estava pronto e seria enviado a Câmara de Vereadores, mas o gestor municipal mudou de ideia e retrocedeu nas negociações.

O SINTESE já buscou a intermediação do Ministério Público pois os educadores não podem ser penalizados por estarem lutando por seus direitos.

Marcha

Na próxima segunda-feira, 07, os professores sairão em marcha pelas ruas da cidade em defesa dos seus direitos. A concentração será a partir das 8h na Praça do Pau Brasil.