Se você tem alguma dúvida sobre Fundeb, não entende a relação do número de matrículas e a quantidade de verba recebida por Estado e municípios ou como o avanço do neoliberalismo violenta a educação pública, precisa ler a edição de número 46 da Revista Paulo Freire, produzida pelo SINTESE.
Disponível em formatos impresso e online, a Revista Paulo Freire é distribuída nas escolas públicas, nas subsedes e atividades do SINTESE, tem periodicidade mensal e a edição de abril/maio traz um verdadeiro tutorial sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O conteúdo desta edição foi apresentado na live de lançamento desta edição, que aconteceu na noite de segunda, 22 de abril.
“A necessidade de se debater o financiamento da educação de forma mais aprofundada já era sentida há um bom tempo, pois há muitos mitos e dúvidas sobre o assunto. Então, dedicamos esta edição a esmiuçar o assunto”, disse o presidente do SINTESE, Roberto Silva.
O SINTESE vem percebendo na luta que há uma série de problemas na condução do Fundeb pelo Estado e pelos municípios. Um exemplo disso tem a ver com a matrícula de estudantes. “Muitos gestores negligenciam a matrícula de crianças e adolescentes em nosso Estado. Isso, além de negar o direito à educação, gera uma perda de recursos considerável pois o valor do repasse está ligado à quantidade de matrículas”, comentou Roberto. “Nosso objetivo com esta edição é chamar atenção dos órgãos de controle, como o Ministério Público, Tribunal de Contas, entre outros, e da sociedade”, disse.
O debate da influência do neoliberalismo na educação é outro ponto importante desta edição. “Este é um ponto que iremos trazer por muitas edições, pois serve de reflexão e instrumento de resistência dos professores em sala de aula”, afirmou Roberto.
“Eu chamaria esta edição de ‘fundamentos para fortalecer a luta cotidiana’”, disse o jornalista Cristian Góes, editor da Revista Paulo Freire. “E fundamentos de uma questão central na educação que é seu financiamento. Sem esta compreensão, a luta fica girando em torno de questões aparentemente menores, é preciso compreender o todo e nos leva a entender por que lutamos por melhores salários, melhores condições de trabalho, mais acesso da população à educação”, destacou.
“Recomendo a todos e todas a buscarem a revista, a baixarem no site do SINTESE, a imprimirem, a terem sempre disponível porque ela traz elementos estruturantes da luta do magistério, que é também uma luta da sociedade”, reforçou Cristian.
“A Revista Paulo Freire é um instrumento de dupla finalidade. Primeiro, ela é um instrumento para a formação dos profissionais da educação em Sergipe, é uma referência para universidade que assumiram a função social da formação de novos professores e professoras”, disse Hidelbrando Maia, assessor político do SINTESE.
“E é também um instrumento de resistência às políticas neoliberais na educação, pois esta foi a grande contribuição de Paulo Freire. Ele sempre andou na contramão dessa lógica perversa do capitalismo, este sistema econômico excludente”, acrescentou.
Você pode fazer o download da edição 46 da Revista Paulo Freire clicando aqui neste link. Todas as outras edições já publicadas também estão disponíveis para download no site do SINTESE. A live de lançamento da edição 46 está disponível no canal da TV SINTESE, no Youtube.