De 16 a 18 de novembro educadores e educadoras, além de estudantes de licenciatura irão refletir e debater sobre os desafios a serem suplantados pelo magistério na atual situação política, econômica e social. Na XIII Conferência Estadual de Educação. O evento será realizado pelo SINTESE no Iate Clube de Aracaju.
Em um cenário onde, entre outras coisas, o governo golpista de Michel Temer tenta empurrar goela abaixo a PEC 55 (antiga PEC 241) que congelará os investimentos em Educação, Saúde, Assistência Social, Ciência e Tecnologia pelos próximos 20 anos.
A conferência tem caráter objetivo de discussão, reflexão e troca de experiências, a partir de ampla discussão atual e fundamental para a categoria do magistério, sendo balizada na concepção de Educação proposta no “Projeto Escola Democrática e Popular: A Educação que Queremos”, projeto aprovado e defendido pelo magistério público sergipano.
“A conferência é um espaço democrático onde não só professoras e professores filiados/as ao SINTESE, mas também os estudantes de licenciatura poderão debater e refletir sobre os rumos da Educação no Estado de Sergipe e no Brasil”, aponta a presidenta do SINTESE, professora Ivonete Cruz.
Além das questões intrinsicamente ligadas ao âmbito educacional, a décima terceira conferência irá tratar também de Previdência Social, Saúde do Professor/a e sobre Gênero e Etnia.
“Como educadores e educadoras não podemos deixar de refletir e debater sobre esses temas, pois eles impactam não somente o nosso cotidiano, mas também no dos estudantes e demais atores sociais da escola”, afirma a professora Ângela Maria de Melo, diretora do Departamento de Formação do SINTESE.
Quem pode participar da conferência?
Professores/as filiados/as ao SINTESE da rede estadual e das 74 redes municipais e estudantes de licenciatura. Para os filiados a inscrição é gratuita. Estudantes pagam taxa de R$35.
As inscrições podem ser feitas a partir do site no SINTESE (http://www.sintese.org.br/), na sede central do sindicato (rua Campos, 107) e também nas subsedes regionais nos municípios de Propriá, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória, Estância, Neópolis e Lagarto.
Programação
A abertura do evento está marcada para às 19h do dia 16 com a conferência “A realidade brasileira e educacional em tempos de exceção e suas consequências para a atual e futuras gerações.” Para encaminhar o debate a participação os professores doutores Wanderley, Unicamp e Valter Pomar da Universidade Federal do ABC.
No início do segundo dia de debates acontece a mesa “Balanço dos retrocessos na educação brasileira em tempos da lei da mordaça; da Medida Provisória que impõe a reforma do ensino médio; da PEC 241(55); e da gestão empresarial do ensino público.”, com a Profa. Dra. Alexandrina Luz Conceição UFS e o Prof. Dr. André da Silva Marins, Universidade Federal de Juiz de Fora.
O debate sobre a previdência pública será feito a partir das falas da Profa. Dra. Mirelli Malaguti Ferrari, Universidade Federal do Rio de Janeiro e pelo advogado Franklin Magalhães Ribeiro, assessor jurídico do SINTESE na conferência “Os falsos mitos do déficit da previdência pública; os interesses políticos e econômicos dos defensores da reforma e as consequências diretas para os profissionais da educação”
“Os conflitos e desafios das relações de gênero e étnico-raciais na educação básica” serão tratados pelas professoras Maria Batista Lima, Universidade Federal de Sergipe – Campus de Itabaiana e Izabel Cristina Gomes da Costa, integrante da direção do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro – SEPE/RJ
A saúde do trabalhador(a) do magistério será debatida pela Dra. Victória Ayelín Gómez do Laboratório de Psicodinâmica do Trabalhado da Universidade de Brasília em “O assédio moral e as condições precárias de trabalho como responsáveis pelo crescimento das doenças neurológicas e outras dos profissionais do magistério.”