Valter Pomar: bons modos nunca derrotaram fascistas

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Na noite de 22 de setembro de 2015, no aeroporto de Fortaleza, João Pedro Stédile foi vítima de uma agressão.

Os detalhes da agressão foram filmados e divulgados, através das redes sociais, pelos próprios agressores.

Quem assiste aos cerca de 6 minutos do vídeo divulgado percebe que faltou pouco para a agressão virar um linchamento.

Minha solidariedade ao companheiro João Pedro e a companheira que o escoltou.

João Pedro é um símbolo. Como Lula é um símbolo.

Por isto a bomba no Instituto Lula. Por isto a agressão a João Pedro (precedida, como lembra a nota divulgada pela direção nacional do MST, pela campanha “Vivo ou morto”).

A agressão a João Pedro merece resposta imediata.

Os governos federal e estadual, a polícia, a justiça e o Ministério Público tem a obrigação de –cada qual no seu papel– identificar e punir os responsáveis.

O conjunto dos movimentos sociais e partidos de esquerda tem a obrigação de fazer um ato público unificado, entre outras coisas para lembrar que por trás de cada um dos fascistas de aeroporto, há mandantes e autores intelectuais que devem ser desmascarados e responsabilizados.

E, acima de tudo, a ficha precisa cair.

É extremamente didático que, na mesma noite em que os vetos presidenciais eram mantidos no Congresso, tenha ocorrido a agressão contra João Pedro. É mais um sinal, entre tantos, de que a crise política transborda a institucionalidade e está se convertendo noutra coisa.

Para alguns setores da direita, não se trata apenas de afastar Dilma, inviabilizar o PT e criminalizar Lula. Os cavernícolas querem sangue. Seu alimento é a inação e pusilanimidade que prevalecem em parte do lado de cá. A estes e a todos nós, vale lembrar: bons modos nunca derrotaram fascistas.