Durante a manifestação, que acontece na zona de Shifra, nos arredores da capital, os participantes mostraram descontentamento e raiva com as autoridades.
Além disso, gritavam lemas nacionalistas como “o Barein é a minha casa” e frases em homenagem aos mortos, considerados mártires.
Não eram notadas as presenças de policiais e militares perto dos protestos, segundo constatou a Agência Efe.
Quatro pessoas morreram nos enfrentamentos de ontem entre as forças de segurança e os manifestantes, enquanto o Ministério da Saúde calcula em 200 o número de pessoas feridas. Desde o início dos protestos, em 14 de fevereiro, seis pessoas já morreram no Bahrein.
A praça Lulu (Pérola, em árabe), onde ocorreram os trágicos eventos e na qual se concentraram os manifestantes durante duas noites consecutivas, continua bloqueada nesta sexta-feira pelas forças de segurança após o despejo de ontem.
Sete partidos opositores bareinitas, entre eles o Al Wifaq, a principal força da oposição, pediram na quinta-feira que o Governo apresente sua renúncia.
A revolta popular conta com uma participação sem precedentes no país, um arquipélago com uma superfície de apenas 727 quilômetros quadrados no qual vivem pouco mais de um milhão de pessoas, sendo a metade estrangeiros.