Revista Paulo freire homenageia três mestres

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Revista Paulo Freire 33

A literatura, a educação, a cultura e as artes brasileiras de um modo Revista Paulo Freire 33geral sofreram duros golpes neste início de segundo semestre. Em menos de um mês, nos deixaram três mestres da nossa história: João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna. Os três diferentes em suas visões de mundo e em suas contribuições, mas todos fundamentais para a compreensão do que é o Brasil e do que é o povo do Brasil. Por isso, partiram os homens, mas ficaram e ficarão imortalizadas as suas obras e histórias.

E, nesse sentido, como uma produção voltada a discutir as questões da educação, da sociedade, da cultura e da história do Brasil, a Revista Paulo Freire se sente no dever (dever prazeroso, cabe frisar) de prestar uma homenagem a estes mestres.

Sobre Ariano Suassuna, notório defensor da cultura popular e, em especial, das raízes nordestinas, reproduzimos trechos de uma entrevista concedida pelo paraibano que foi o principal mentor do Movimento Armorial à Revista Princípios, em outubro de 2008. Nesta entrevista, que é um verdadeiro presente, Ariano fala com a clareza de ideias e com a visão crítica que sempre te marcaram. Sobre o seu principal campo de pesquisa, ele disse que “a cultura tem um papel a meu ver muito importante, mas politicamente pouco eficiente. Diante da política, ela perde em eficácia, mas ganha em visão”. Mas Ariano fala também sobre política, futuro e sonhos. Perguntado sobre se o socialismo está ultrapassado, Ariano manda um recado para nós mesmos: “Não está superado de maneira nenhuma. O socialismo para mim é o sonho que puxa a gente para frente. E eu acho um sonho indispensável”.

Jornalismo, literatura, cinema, televisão. A contribuição do baiano da Ilha de Itaparica, João Ubaldo Ribeiro, é, sem dúvida, em termos de diversidade de áreas, uma das maiores do nosso país. Nesta edição da Paulo Freire, trazemos um pouco da história de vida e obra do mestre dos contos e romances. Seu livro mais popularizado, Viva o Povo Brasileiro, que conquistou diversos prêmios de literatura nacionais e internacionais, é leitura fundamental para entendermos o que somos e como nos formamos enquanto povo nacional.

O mineiro Rubem Alves – que tem também um texto em sua homenagem nesta edição da Revista, foi outro brasileiro dos mais respeitados em diversas áreas de produção do conhecimento. Educador, escritor, filósofo, teólogo e psicanalista, Rubem Alves produziu um acervo de mais de 160 publicações, sendo mais de 10 dedicadas às discussões sobre a educação e a aprendizagem. Crítico da educação bancária e mercantil, seus livros sobre o assunto, trazem a ideia de que o professor deve saber envolver seus alunos e abrir seus olhares para o mundo. Escreveu Rubem Alves: “as palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos”.

Por fim, mas nas primeiras páginas desta edição, apresentamos dois textos sobre a conjuntura nacional. O primeiro, de Wladimir Pomar, sobre os modelos de desenvolvimento que estão em jogo no Brasil. E o segundo, de autoria do professor Marcus Ianoni, coloca a centralidade da Reforma Política, via Constituinte Exclusiva, para a democracia brasileira. Além disso, como não poderia faltar, temos o espaço Saber e Poesia, dedicado à veiculação de poesias escritas por professores e professoras de Sergipe.

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