“O trabalhador não tem como abrir mão de seus direitos, conquistas e benefícios, mesmo porque o Plano de Saúde foi uma das principais pautas da greve de 2013” – Sérgio Lima (SINTECT/SE)
A Assembleia Geral dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em Sergipe decidiu pela continuidade da greve por tempo indeterminado na noite da última segunda-feira, 24/02, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da ECT em Sergipe (SINTECT), localizada em Aracaju, na Rua Acre, 172, Siqueira Campus.
A categoria avaliou que não houve nenhum avanço no diálogo que pudesse justificar o fim da greve, pois a Audiência de Conciliação entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação de trabalhadores da empresa (Fentect), realizada na manhã da segunda-feira, 24/02, em Brasília, terminou sem acordo entre as partes.
A privatização do Plano de Saúde dos trabalhadores da ECT, concretizada na cobrança de taxas descontadas nos contracheques dos trabalhadores, foi o motivo que desencadeou este movimento grevista e conquistou a adesão de 18 capitais brasileiras.
O presidente do SINTECT Sergipe, Sérgio Lima, alerta que a Empresa descumpriu o acórdão firmado junto ao TST no fim da greve de 2013, determinando que não faria qualquer alteração no Plano de Saúde dos trabalhadores. “Como a empresa descumpriu a ordem judicial, eu não criei muitas expectativas desta Audiência de Conciliação”, afirmou.
Segundo Sérgio Lima, o trabalhador não tem como abrir mão de seus direitos, conquistas e benefícios, mesmo porque o Plano de Saúde foi uma das principais pautas da greve de 2013, e recuar neta luta seria um retrocesso.
Como a audiência de conciliação não gerou nenhum avanço, o site Rede Brasil Atual divulgou que o assunto deve ser julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Mas desde o dia 17 de fevereiro, a Justiça proibiu qualquer desconto no contracheque dos trabalhadores em greve.