O desafio está posto: a construção de um sistema político pelas mãos da população brasileira, capaz de aprofundar a conquista democrática e consolidar a justiça social. A exemplo do que ocorreu com a conquista da Lei Ficha Limpa, a vitória deste projeto depende da participação dos movimentos sociais e do maior número possível de cidadãs e cidadãos brasileiros.Na próxima sexta-feira, dia 31 de janeiro, acontece a partir das 14h em Aracaju-Sergipe, no auditório do Sindicato dos Bancários, o lançamento do Plebiscito pela Reforma Política.
No fim de semana, dias 1 e 2 de fevereiro, a proposta se fortalece com o Curso Estadual de Formação de Formadores do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, realizado no Centro de Treinamento Sindical Rural (Cetresir/Fetase), Eduardo Gomes, São Cristóvão/SE. A inscrição para o curso deve ser feita pela internet, através do link: https://docs.google.com/
Todo esforço de participação nas atividades de construção do plebiscito para a Reforma Política é necessário, pois a mudança só acontecerá com participação popular e luta. Os deputados e senadores que ocupam o Congresso Nacional, assim como a mídia televisiva hegemônica, já demonstraram total falta de interesse nesta Reforma Política, que é crucial para a população brasileira.
As manifestações de rua dos últimos períodos revelaram a necessidade urgente de uma profunda reforma na política brasileira, mas esta reforma, obviamente, não é de interesse da maioria dos políticos beneficiados com o atual sistema político que sempre fortalece e favorece os grandes detentores do poder econômico.
Na última plenária pela Reforma Política que aconteceu em Sergipe, realizada no dia 14 de janeiro na Escola do Legislativo, o representante do MST, Fábio Andrey, confirmou este argumento informando que dos 594 parlamentares eleitos em 2010: 273 são empresários, 160 compõem a bancada ruralista e 66 são da bancada evangélica.
Os movimentos sociais continuarão sendo criminalizados e reprimidos com violência, manifestantes continuarão sendo presos, espancados e assassinados, as greves e manifestações seguirão sendo reprimidas, e os problemas sociais na saúde e educação continuarão se agravando a cada ano enquanto latifundiários, detentores de grandes fortunas e grupos conservadores forem os responsáveis pelo futuro e direcionamento do Brasil.