Sergipanos mostram seu repúdio a PEC 241

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Milhares de pessoas percorreram as ruas do centro de Aracaju alertando dos prejuízos da PEC 241

Promovido pelo Comitê Sergipe Contra PEC 241 o ato público reuniu aproximadamente cinco mil pessoas que percorreram as ruas do centro comercial de Aracaju. O objetivo deste (e de próximos atos) é alertar o povo sergipano dos prejuízos para a Saúde, Educação e Assistência Social trazidos pela Proposta de Emenda Constituição 241.

A proposta, segundo o governo federal, é para reduzir os gastos públicos. Mas ao analisar profundamente o texto da PEC 241, fica claro que o objetivo do governo é congelar os investimentos em Educação, Saúde, Assistência Social entre outras áreas, pelos próximos 20 anos.

“Essa PEC só interessa a um segmento minoritário e privilegiado do Brasil, nesse segmento está a elite industrial, os grandes ruralistas, os donos da grande mídia e do capital financeiro. A PEC é só o início do desmonte dos direitos sociais e também das organizações que lutam por um país sem desigualdade há mais de três décadas, por isso a CUT/SE e seus sindicatos filiados se somam a esta luta”, disse o vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi.

Para o representante do Conal – Conselho Nacional do Laicato do Brasil, a igreja católica também está envolvida e mobilizada contra a aprovação da PEC 241 pelo Congresso Nacional, pois ela vai ferir de morte os direitos sociais conquistados com muita luta. “É preciso que o Brasil acorde e se levante contra essa PEC pois serão os mais carentes e necessitados que sofrerão”, disse Ricardo Lima.

Linda Brasil, da Associação e Movimento Sergipano de Transexuais e Travestis (AMOSERTRANS) enfatizou a urgência de todos e todas estarem nas ruas para lutar contra os ataques e para que não haja retrocesso nos direitos conquistados.

Para Lídia Anjos do Movimento Nacional dos Direitos Humanos em Sergipe a manutenção e ampliação dos direitos sociais conquistados também deve ser o foco da mobilização e ida às ruas. “Ainda há muito que conquistar, por isso temos que ir às ruas para que o já conquistado com muita luta e resistência não seja perdido”, conclamou.

 “Não vamos esperar que isso seja barrado no judiciário. Vamos barrar essa PEC com a força do povo nas ruas. Sergipe dá um exemplo hoje para o Brasil, a unidade das entidades e instituições que têm o compromisso com os direitos sociais fundamentais, com a democracia. A PEC é um atento brutal aos direitos sociais dos brasileiros”, disse Henri Clay, presidente da seccional da OAB em Sergipe.

Atrações culturais

A concentração e dispersão do ato Sergipe Contra a PEC 241 contaram com apresentações culturais de Bia Ferreira, Anne Carol, Leno Andrade, Cosme, Lari Lima e Grupo La Femina.

Comitê Sergipano Contra PEC 241

O Comitê Sergipano contra a PEC 241 reúne a Seccional Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil, segmentos da Igreja Católica, a exemplo do Conselho Nacional do Laicato, e uma diversidade de movimentos sociais, entidades populares, sindicatos e centrais sindicais, coletivos estudantis, de juventude e de direitos humanos.