SINTESE lança coletivo de mulheres

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Aproveitando a passagem do dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, coletivo1o SINTESE fez no último dia 19, o lançamento do Coletivo de Mulheres do SINTESE no auditório do Instituto Federal de Sergipe.

Apesar das evoluções e revoluções femininas, a mulher (independente da idade) ainda é vítima de preconceito e violência, seja ela física ou psicológica e tem a sua autonomia contestada por várias frentes.

As professoras, como as demais mulheres, convivem diariamente com a opressão com um agravante: a sala de aula é muitas vezes o local de desabafo de meninas e adolescentes vítimas diretas ou indiretas de condutas machistas que presenciam principalmente de dentro de casa.

Essas e outras questões de gênero devem nortear os debates e as atividades deste Coletivo de Mulheres que se compromete com a transformação social e a construção de uma sociedade livre e igualitária.

A abertura contou com a presença de professoras da capital e do interior e também de organizações ligadas à luta pela emancipação feminina, que interagiram com Maria Angélica Fernandes, subsecretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal.

Angélica fez um panorama da situação da mulher no Brasil e também apresentou os eixos que vão nortear o trabalho da Secretaria de Políticas para Mulheres para os próximos quatro anos.

“O SINTESE está saindo na frente neste trabalho, pois sindicatos maiores ainda não tiveram essa iniciativa. E é muito importante que as professoras possam fazer essa discussão, pois é no espaço de formação que é a sala de aula que podemos mudar a concepção de gênero neste país”, disse Maria Angélica Fernandes.

Creche

Um tema que foi recorrente em todas as falas das participantes foi o acesso à creche. Um dos entraves à autonomia econômica feminina é que o Estado não oferece creches para que as mulheres possam adentrar no mercado de trabalho.

Oficinas

Na parte da tarde Maria Inês dos Santos Souza, do Centro Feminista 8 de março foi a facilitadora de uma oficina para que fossem discutidos os objetivos do coletivo, qual o papel dele dentro do sindicato e como ele se articulará com outras entidades.

Samba de Moça Só

Como já é de praxe, em todos os eventos do SINTESE a parte cultural também é prestigiada. E no lançamento de um Coletivo de Mulheres, as mulheres foram destaque na apresentação do grupo Samba de Moça Só que apresentou para a empolgada platéia sucessos do samba nacional e uma versão especial da música Anjo da Guarda, de Leci Brandão.

“Quem se habilita, quem se propõe a fazer?”, provocou Ângela Melo (presidenta do Sintese), relembrando o poeta José dos Santos. “Para nós mulheres e educadoras que militam no sindicato, o grande desafio agora é não deixar esse dia passar. É propor ações que levem o Coletivo para os municípios, que levem o coletivo a pensar política não só para a mulher educadora, mas ajudar na construção das políticas públicas para a mulher”, finalizou.

A atividade também foi importante para reunir mulheres de outras entidades, como o Sindicato das Domésticas, Marcha Mundial das Mulheres em Sergipe, Central Única dos Trabalhadores, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher/SE, Casa da Doméstica, Movimento das Mulheres Camponesas, Sindijor, Departamento de Educação Física do Estado de Sergipe, Mulheres do PT, Sindipema, União Brasileira de Mulheres. O objetivo, além de firmar a parceria, é fortalecer a luta por direitos iguais.