Dia do Aposentado e Aposentada é dia de luta pelo piso e pelo fim do desconto de 14%
Vinte e quatro de janeiro é marcado no calendário brasileiro como Dia do Aposentado e Aposentada e também tem sido palco de luta para essa parcela da população que vive um cenário difícil. E neste dia a partir das 8h, o SINTESE realiza ato em frente ao Sergipeprevidência, na praça General Valadão em Aracaju, exigindo o fim do desconto de 14% nas aposentadorias e pensões.
“Muitos de nós estão ‘pendurados’ em empréstimos para poder pagar as contas, comprar remédios. É muito sofrimento que estamos passando, mas isso não nos faz fugir da luta, por isso convocamos todos e todas aposentados e aposentados, venham para a praça General Valadão”, disse a professora Ana Geni Andrade, uma das diretoras do Departamento de Aposentados do SINTESE.
Os professores e professoras sergipanos nos últimos anos têm passado por um verdadeiro massacre, começando por atraso e parcelamento das aposentadorias, passando pela falta de revisão e desde 2020 com uma redução de 14% promovida pelo governo Belivaldo Chagas quando aprovou a versão sergipana da reforma da previdência de Bolsonaro.
Em agosto do ano passado o SINTESE protocolou ofício aos 24 deputados estaduais com um estudos do DIESSE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (veja o estudo AQUI) mostrando que o desconto não é mais necessário pois não há mais déficit no fundo previdenciário e que conforme a Lei Complementar 338/19 (que regulamentou a reforma da previdência e o desconto) ele deve ser suspenso.
Outro ponto levantado pelo documento é que o Governo do Estado descumpre o pagamento da sua contribuição ao fundo. De acordo com a lei complementar, os servidores contribuem com 14% e o Estado de Sergipe deveria contribuir com 28%, mas isso não tem ocorrido. Essa contribuição do Estado (de ser o dobro da contribuição dos servidores) é estabelecida pela Lei Complementar 113/2005.
“Vamos à porta do Sergipeprevidência mostrar a nossa indignação contra o governo Belivaldo Chagas que promove um massacre aos professores e aos demais servidores aposentados e aposentadas com essa política de arrocho e redução salarial que é prejudicial para as famílias dos servidores e para o Estado de Sergipe”, explica o vice-presidente do SINTESE, Roberto Silva dos Santos.