Sem vestiários, sem alimentação escolar decente, sem espaço de esportes e lazer. Essa é a realidade da escola de ensino médio em tempo integral em Indiaroba
Os estudantes do Colégio Estadual Prof. Raimundo Mendonça de Araújo em Indiaroba reclamam da falta de estrutura da escola que passou a funcionar como Centro Experimental de Ensino Médio e oferece a modalidade em tempo integral.
Ano passado aconteceram várias reuniões solicitando a reforma da unidade de ensino, mas nada aconteceu. Mesmo sem nenhuma condição estrutural, a Secretaria de Estado da Educação implantou o Centro Experimental de Ensino Médio no colégio.
Não há quadra de esportes, as salas de aula não tem ventilação, não há refeitório, nem banheiros suficientes para os estudantes utilizarem, sequer há vestiários. O acesso à sala dos professores e professoras está repleto de cadeiras e mesas, a própria sala dos docentes não oferece a mínima condição para a prática pedagógica. A rede elétrica apresenta problemas.
“Nessa escola não tem banheiro de qualidade, as salas são quentes, sem ar-condicionado. Não temo quadra, não temos refeitório e o lanche, quando tem, é precário e nessa situação querem mantar os alunos aqui dentro o dia inteiro, sofrendo com isso”, disse Laís Vitória, estudante do terceiro ano, em vídeo divulgado nas redes sociais. Ela conta também que durante todo o ano de 2016 aconteceram reuniões com o objetivo de trazer uma reforma na escola, mas não houve resultado.
A alimentação fornecida também não atende as demandas nutricionais dos estudantes. Em outro vídeo Naisia, aluna do 1º ano, diz que precisa trazer comida de casa, pois só há disponível na escola macarrão (sem tempero) e salsicha.
Os estudantes mostram o que o SINTESE tem alertado desde o primeiro momento que a Secretaria de Estado da Educação começou a impor o modelo de Centro de Ensino Médio Experimental. Praticamente nenhuma escola da rede estadual tem estrutura para funcionar como tal.
“O depoimento destes estudantes confirma a nossa crítica ao modelo imposto pela SEED. Não há uma preocupação com a estrutura das escolas, com o processo de ensino e aprendizagem, a Secretaria de Educação, pelo visto, só vislumbra os números, de quantas escolas oferecerem a modalidade, mas a qualidade sequer é debatida’, explica o vice-presidente do SINTESE, Roberto Silva dos Santos.
O SINTESE irá protocolar denúncia nos ministérios públicos estadual e federal.
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