Processo viciado no Colégio Estadual José Alves do Nascimento define implantação de Ensino Médio de tempo integral

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Diretores do SINTESE foram ao C.E. José Alves do Nascimento para incentivar os professores a construir plenária para debater com a comunidade escolar o modelo excludente de ensino médio em tempo integral da SEED. A direção da escola não quer permitir que a plenária aconteça

Em mais uma manobra obscura e ilegal o Secretário de Estado da Educação, Jorge Carvalho, se reuniu Diretores do SINTESE foram ao C.E. José Alves do Nascimento para incentivar os professores a construir plenária para debater com a comunidade escolar o modelo excludente de ensino médio em tempo integral da SEED. A direção da escola não quer permitir que a plenária aconteçaem seu gabinete com parte do Conselho Escolar do Colégio Estadual José Alves do Nascimento (localizado no bairro Coqueiral, em Aracaju) e aprovaram a transformação da unidade de ensino em Centro de Experimental de Ensino Médio, para a implantação do Ensino médio em tempo integral.

Com isso, Jorge Carvalho mais uma vez desrespeita a Lei Complementar 235, de 16 de janeiro de 2014, que regulamenta os Conselhos Escolares, que é clara ao estabelecer, em seus artigos 10 e 11, que qualquer decisão sobre mudanças no funcionamento da escola deve ser tomada e aprovada em assembleia escolar. 

Além disso, na reunião entre a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e Conselho Escolar do Colégio Estadual José Alves do Nascimento não havia representação de todos os segmentos que compõem a comunidade escolar, o que também torna ilegítima a deliberação do Conselho.

“A postura desesperada de SEED em implantar a qualquer custo o seu modelo excludente de ensino médio em tempo integral mais uma vez vem à tona. Jorge Carvalho não se importa em passar por cima de uma Lei, pois acredita que seu desejo é soberano. A falta de diálogo com professores e estudantes demonstra a postura impositiva de sua gestão. O SINTESE não está aqui contra o ensino médio integral, mas sim contra a forma como a SEED está conduzindo o processo de modo arbitrário e excludente, deixando de ouvir os principais atores deste processo: professores, estudante, pais, mãe e funcionários da escola”, esclarece a diretora do departamento de assuntos da base estadual do SINTESE, professora Leila Moraes.

“A dona do Colégio”

Ao tomar conhecimento da situação, diretores do SINTESE foram até o Colégio Estadual José Alves do Nascimento com o intuito de conversar com os professores para construir de forma coletiva uma plenária com toda a comunidade escolar, estudantes, pais, mães, professores e funcionários do Colégio, para que fosse apresentado o modelo excludente de ensino médio em tempo integral que a SEED deseja implantar impositivamente nas escolas de rede estadual de ensino.

Em uma postura autoritária, a diretora do Colégio Estadual José Alves do Nascimento disse aos representantes do SINTESE que não abriria as portas do Colégio para realização da plenária com a comunidade escolar.

“É lamentável e absurda a postura da diretora. A comunidade escolar tem o direito de saber o que é o Centro de Experimental de Ensino Médio e de como o modelo de ensino médio em tempo integral que a SEED deseja impor as escolas é excludente e nefasto para a rede estadual de ensino. Não podemos aceitar processos viciados, acertados por debaixo dos panos, nas costas da comunidade escolar, entre quatro paredes de um gabinete. A comunidade escolar tem o direito de conhecer o que é este projeto da SEED e decidir se quer ele ou não para a escola. Os professores do José Alves do Nascimento estão decididos e vão realizar esta plenária com estudantes, pais, mãe e funcionários nem que seja na porta da unidade de ensino”, coloca o vice-presidente do SINTESE Professor Roberto Silva.