SINTESE tem mais uma semana de lutas e vive um fim de semana sob ataques e mentiras

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Sindicato é para fazer lutas e buscar conquistas para a categoria que representa. Este é um princípio sindical que o SINTESE procura diariamente: na rede estadual e nas 74 redes municipais que atua. Não são poucas as lutas que fazemos, pois acreditamos na luta de classe e que as conquistas dos/as trabalhadores/as são frutos de suas próprias lutas.

Resultado das nossas lutas e autonomia sindical, o sindicato convive com os ataques permanentes daqueles e daquelas que se incomodam com nossa atuação combativa.

Muitas vezes as elites que enfrentamos e combatemos não aparecem nos ataques e destacam pessoas que assumem o papel de “capitães do mato”, com o intuito de atacar uma entidade sindical que tem legitimidade junto a sua base.

Os ataques, deste fim de semana de forma mais direta e contundente, vieram de quem estava nos Governos Déda, Jackson e Belivaldo respaldando e defendendo os ataques aos direitos do magistério e a educação pública sergipana: consolidando a destruição da carreira do magistério, congelamento da GATI, congelamento do Triênio, não pagamento do piso, ações autoritárias via portarias de ataques a autonomia das escolas e dos/as professores/as; privatização da educação estadual; imposição de forma autoritária do Novo Ensino Médio; não aplicação do mínimo constitucional 25% dos impostos na educação; e repasses a menor dos impostos estaduais para FUNDEB, prejudicando o FUNDEB dos municípios (denúncias já realizadas junto ao TCE). Mas é importante destacar, sim, quem diz hoje defender a educação pública sergipana, esteve a todo tempo ao lado, e de forma voraz, na defesa de governos que destruíram a carreira do magistério estadual.

Em relação as lutas e enfrentamentos do SINTESE frente ao Governo Fábio Mitidieri não foram, e nem são, poucas: manutenção do abono na remuneração dos professores a partir de Janeiro 2023, pois na lei de Belivaldo somente seria pago até dezembro 2022; luta pelo pagamento do piso salarial e retomada da carreira que resultou em paralisações do magistério com atos em frente ao Palácio e a ALESE com demonstração de muita força do magistério estadual que obrigou o Governo reabrir as negociações e criar comissão pela retomada da carreira; luta contra os 2,5% para o magistério; e a luta contra o desmonte do IPESAÚDE.

Outras lutas estão em curso pelo SINTESE frente ao Governo Estadual: concurso público; retorno do auxílio tecnológico e internet para os/as professores/as; combate ao papel do NGETI que atua nas escolas em afronta a autonomia docente e das escolas; e revisão das portarias autoritárias da gestão de Josué Modesto para garantir autonomia constitucional dos/as professores/as e das escolas.

Esta semana, fruto das lutas e reinvindicações do SINTESE, o Governo do Estado anunciou concurso para o magistério; em audiência no Tribunal de Justiça o Sindicato conseguiu o desbloqueio da conta do FUNDEB de Graccho Cardoso garantindo o pagamento dos salários dos/as professores/as e outras medidas de lutas, fruto desta audiência, o SINTESE fará nos 74 municípios para evitar novos bloqueios nas contas do FUNDEB, de modo a assegurar que os/as educadores/as sergipanos/as tenham assegurado sua remuneração com regularidade; O SINTESE, junto com a CUT e outros sindicatos, fizeram ato em Simão Dias contra o desmonte do IPESAÚDE, cuja sede estava sendo inaugurada com a presença Governador; e os/as dirigentes do sindicato ainda tiveram audiência com o Ministro da Educação tratando de medidas que devem ser adotadas pelo ministério para garantir a valorização dos/as professores/as que lecionam nas escolas de tempo integral, bem como a necessidade de termos uma legislação nacional de diretrizes nacional de carreira para o magistério, de modo a vincular o pagamento do piso salarial à carreira e impedir o desmonte que foi realizado pelo Governo Belivaldo e pelo ex-secretário Josué que destruiu a carreira do magistério estadual.

Como o Governador Belivaldo e o ex-secretário de educação foram denunciados nacionalmente pelo SINTESE era natural que seus “capitães do mato” virassem seus ataques e mentiras para o sindicato.

Nossa comunicação continuará atuando com zelo aos fatos, aos quais o sindicato pode provar com documentos. O sindicato tem como princípio realizar denúncias contra qualquer gestor/a, independente da sigla partidária, com documentos comprobatórios e vamos continuar atuando desta forma, mesmo que isso contrarie os interesses particulares e partidários.

Em relação a denúncias contra o Governo Fábio Mitidieri, o sindicato tem seus representantes no Conselho Estadual do FUNDEB que estão analisando uma série de documentos e realizaremos as denúncias necessárias quando os estudos estiverem concluídos e se comprovados indícios de problemas no uso dos recursos públicos.

Por fim, a atual direção do SINTESE compõe um grupo que está a frente do sindicato desde 1992, quando a professora Ana Lúcia assumiu a presidência com o grupo de militantes. De lá pra cá houve renovação, mas o princípio sindical continuou com combatividade e autonomia sindical.

Desde lá os ataques ao SINTESE e a seus/suas dirigentes não deixaram de acontecer, apenas mudam os nomes, pois eles e elas passarão e nós passarinhos!

A melhor resposta que o magistério sergipano pode dar a esses ataques é construir a luta com seu sindicato por valorização, condições de trabalho e autonomia docente.

A direção do SINTESE estará, no início do segundo semestre letivo da rede estadual, convocando assembleia geral. Vamos construir, coletivamente, as ações de lutas necessárias por respeito e valorização, pois é assim que deve ser um sindicato: enraizado na base e tocando as lutas deliberadas coletivamente.

Aracaju, 23 de Julho de 2023
Direção do SINTESE