Sem qualquer diálogo com o sindicato, a prefeitura de Boquim suspendeu o pagamento do auxílio-transporte. A justificativa da administração é de que não havendo o deslocamento do docente às unidades de ensino o auxílio não precisaria ser pago.
Mas, a prefeitura não levou em consideração que:
- O auxílio-transporte é um direito que o profissional do magistério tem (seja professor, coordenador ou diretor tem) durante os meses letivos – a lei que estabelece o pagamento não discrimina a modalidade da aula;
- Apesar da realização de atividades não presenciais os docentes ainda precisam se deslocar para a unidades escolas para fazer a entrega do material programado, por conta de não existir acesso à internet em diversas escolas;
- A administração municipal não forneceu condições aos docentes para realização das atividades não presenciais, fazendo com que os professores e professoras estejam usando seus equipamentos particulares;
- É dever do município a partir da lei federal 14040/2020 dar as condições de acesso aos professores e aos estudantes para as atividades não presenciais.
“Professoras e professores nos relataram que compraram novos equipamentos e ampliaram suas franquias de internet para conseguirem dar conta de planejar e executar as atividades não presenciais e o auxílio, neste momento, tem essa função. Por isso, cortá-lo é deixar os docentes desguarnecidos de recursos”, aponta o professor da rede municipal de Boquim e integrantes da coordenação da subsede Centro-Sul, José de Jesus.
O SINTESE defende a manutenção do direito aos profissionais da educação uma vez que o cenário vivido por todos e as condições de trabalho e de acesso para as aulas estão sendo custeadas pelos mesmos.
Na busca de uma solução para o problema, o sindicato solicitará, mais uma vez, audiência com a gestão municipal.
Na quarta, dia 27, acontece assembleia virtual às 15h para avaliação e deliberação sobre ações de luta tendo como pauta a carta compromisso assinada pelo gestor municipal.