Numa atitude que lembra os tempos da Ditadura Militar os professores da rede municipal de Boquim foram impedidos de usar um carro alegórico para o protesto durante o final do desfile cívico por seguranças contratados pela prefeitura. Os seguranças usaram da intimidação e a ameaçar fisicamente os professores que buscavam entrar na avenida e darem prosseguimento ao protesto.
“O prefeito Pedro Barbosa agiu com truculência com os professores, a mando dele seguranças impediram o carro alegórico do SINTESE e ameaçaram professores. Isso é inadimissível”, disse a presidenta Ângela Melo.
Apesar de impedirem a entrada do carro, até uma ambulância foi usada , os professores entraram na avenida e fizeram o protesto. Eles exigem do prefeito a apresentação de uma proposta para a implantação do Piso Salarial. Desde janeiro que a comissão de negociação tenta uma saída para que o piso seja efeticamente implantado na rede municipal de Boquim.
Apesar de dizer que cumpre a lei do piso, o prefeito de Boquim só deu um abono para os professores com nível médio que recebiam menos de R$1.024,67. “Ele usou a mesma forma errada que o governo do Estado usou em 2009 para implantar o piso. Com isso a maioria dos professores está excluída do processo”, disse José de Jesus, delegado sindical do SINTESE no município.