Parte elétrica danifica, carteiras quebradas, banheiros interditados. Este é o cenário da Escola Municipal Coronel Sabino Ribeiro, localizada em Maruim. A escola que atende alunos do ensino fundamental necessita de reforma urgente. Por toda parte é possível ver fios elétricos soltos, o que pode gerar graves acidentes. Ventiladores, tomadas e interruptores estão em péssimo estado de conservação.
As carteiras estão velhas e quebras. Aquelas sem condição de uso são amontoadas em um canto da escola. Dois banheiros estão interditados, sendo que um deles é para uso de pessoas com deficiência. Na porta do banheiro para deficientes foi colocado um banco de madeira em pé para evitar o uso.
A Escola Municipal Coronel Sabino Ribeiro sofre ainda com a redução no número de matrículas. “Esta escola já comportou 1.100 alunos. Hoje este número não passa de 900. No turno da noite a situação é gritante. Apenas 60 alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA) estuam na escola neste turno. O SINTESE já solicitou que a Secretaria Municipal de Educação de Maruim e a prefeitura fizessem chamada pública para trazer novos alunos para a escola. Mas até agora nada foi feito”, conta a Coordenadora da subsede do SINTESE no Vale do Cotinguiba, Emanuela Pereira.
Com o número reduzido de estudantes no turno da noite da Escola Municipal Sabino Ribeiro, a maioria dos professores que lecionam na unidade de ensino neste turno estão com suas cargas horárias ociosas, ou seja, não completam o total de horas-aula que deveriam dar. Mesmo com professores concursados com horários disponíveis para dar aulas, a prefeitura mantém 28 professores contratados em seu quadro, o que além de ser um desrespeito ao dinheiro público contraria o princípio constitucional do concurso público.
O SINTESE irá enviar ofício à prefeitura de Maruim exigindo que as medidas cabíveis sejam tomadas.
Salários
Outra situação em Maruim é que os professores que têm seus salários custeados pelas verbas do MDE ainda não receberam o salário do mês setembro. Os professores que recebem pelo MDE trabalham fora da sala de aula. A prefeitura diz que não há previsão para o pagamento.
Há também em Maruim a questão de professores que deveriam receber pelo MDE e estão recebendo ilegalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais do Magistério (FUNDEB). A verba do FUNDEB deve ser destinada à remuneração somente dos professores que estão no efetivo exercício de sua função.
Para verificar ambas as situações, o SINTESE enviou ofício à prefeitura solicitando as folhas de pagamento da educação.