Membros da comissão de negociação do SINTESE em Gararu foram recebidos na manhã desta quarta-feira, 20, pelo promotor substituto, João Rodrigues Neto. Os professores denunciaram os constantes atrasos no pagamento dos salários, irregularidades nas folhas de pagamento e a falta de funcionamento do Conselho Municipal de Educação.
Solicitaram também a intervenção do órgão para solucionar o problema da falta de transporte nos sábados letivos. Sem o ônibus para transportar estudantes e professores o ano letivo fica prejudicado, pois aulas aos sábados são necessárias para que o calendário letivo seja cumprido em sua totalidade.
Além de ter os direitos negados, os educadores de Gararu ainda são submetidos a péssimas condições de trabalho. Em muitas escolas as salas são pequenas, quentes, sem ventilação, mal iluminadas, os quadros são ruins, os banheiros e a cozinha não oferecem higiene.
As escolas municipais não têm autorização para funcionar e o Conselho Municipal de Educação continua desativado desde o início do ano de 2013. Segundo a Secretaria de Educação existem três pedagogas lotadas no Conselho, que estão sem demanda de trabalho devido à falta de funcionamento do colegiado em questão.
A alimentação escolar não é regular, não há controle de estoque nas escolas, os alimentos são armazenados com outros materiais e não há acompanhamento nem orientação para o preparo.
O promotor solicitou que o sindicato apresente formalmente um relatório das questões apontadas para avaliar a necessidade de impetrar uma ação civil pública para que o município cumpra com suas obrigações. Os professores lembraram que já existe uma ação civil pública (201569000513) e solicitaram ao representante do MP que verificasse se foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta e se esse alcança os últimos três meses em que a prefeitura vem atrasando os salários dos servidores.