Prefeita de Arauá ao invés de conversar com o magistério chama a polícia

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Professores fazem Forró da Indignação e prefeitura usa polícia para intimidar

Professores fazem Forró da Indignação e prefeitura usa polícia para intimidar

Na última sexta-feira, 11, os professores de Arauá, que estão em greve desde o dia 20 de junho, montaram uma barraca e fizeram o Forró da Indignação em um evento promovido pela prefeitura chamado “Festa das Escolas” que encerra o primeiro semestre letivo. Na ocasião os educadores tiveram como objetivo dialogar com a população sobre as mazelas educacionais do município.

Para surpresa de todos, ao invés de buscar o diálogo com a categoria para chegar a uma solução dos problemas, a administração da prefeita Ana Helena Andrade Costa (dona Ana) preferiu chamar a polícia para tirar os professores do local.

Após muito diálogo por parte da comissão sindical e também da contribuição do vereador por Aracaju, Iran Barbosa, os educadores permaneceram no local e puderam dialogar com os participantes da festa.

A administração da prefeita Ana Helena Andrade Costa (a dona Ana) deve aos educadores parte do reajuste de 2012, o reajuste do piso deste ano e os passivos trabalhistas desde 2011.

Além dos professores, ela também prejudica estudantes e funcionários, pois as escolas Jessé de Andrade e Maria Costa no povoado Progresso; a Rosendo Romão no Tabuleiro; a Maria de Lourdes no Travessão; a Sebastião Costa em Lagoa de Dentro;  a Manoel Francisco no povoado Casa Caiada; a Escola Zulívia na Palmeirinha e a Escola Mario Brás no povoado Eugênia precisam urgentemente de reformas.

A alimentação escolar é de baixa qualidade, por isso, muitos alunos não consomem os alimentos oferecidos.

A prefeitura de Arauá também não respeita a lei quando se fala em transparência. Ninguém sabe como a prefeita dona Ana gasta o dinheiro da Educação e a administração municipal ainda dificulta a ação dos conselhos que devem acompanhar como são gastos os recursos.

Desde o início da greve os educadores têm realizado atos públicos no sentido de dialogar com a população sobre os motivos da greve e com os professores sobre questões do cotidiano educacional e política brasileira, para isso foram realizados seminários sobre o Plano Nacional de Educação e sobre a luta pela constituição da Assembleia Constituinte Popular para definir uma reforma política em nosso país.

Na última assembleia realizada no dia 09 de julho os educadores decidiram manter a grave e continuar com a agenda de lutas da categoria até que se haja uma solução para que os professores tenham o reajuste do piso estabelecido por lei e possam receber o passivo trabalhista.