O prefeito de Indiaroba João Eduardo frustra novamente a categoria. Na última sexta-feira em reunião na sub-sede Sul do SINTESE garantiu, através de um termo de audiência, que se reuniria com a comissão de negociação do SINTESE, nesta segunda-feira (07). A partir deste entendimento a categoria realizou assembleia e decidiu retornar as aulas.
A comissão chegou à sede do SINTESE, em Aracaju por volta das 9h, esperou até às 17h e o prefeito João Eduardo não apareceu. Como sempre o secretário municipal de Educação, Francisco José Alves dos Santos, esteve presente, mas sem poder de decisão.
Para a diretoria do sindicato, a atitude do prefeito demonstra um grande desrespeito não só com a categoria, mas com todo o processo democrático de negociação. “Para que o prefeito recebesse a comissão foi preciso 15 dias de greve e a ocupação por dois dias do prédio da prefeitura. Nós sempre estivemos abertos ao diálogo, nossa intenção é fazer cumprir a lei, mas infelizmente o prefeito não pensa dessa forma”, disse Wanderclan Nascimento, da comissão de negociação.
Durante toda à tarde, a diretoria do SINTESE também o presidente da CUT-SR, Rubens Marques tentaram contato telefônico com o prefeito, sem sucesso.
No termo de audiência assinado na sexta pelo prefeito e a comissão de negociação, a administração municipal se comprometia em: implementar a Gestão Democrática em janeiro de 2010, pagar o décimo terceiro salário dentro do exercício de 2009, assim como aconteceu durante o primeiro mandato, garantir o pagamento do terço de férias em janeiro de 2010.
Nesta terça, os professores participam da procissão em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, que também é padroeira do município.
Moção de solidariedade
Os professores de Indiaroba aprovaram moção de solidariedade a professora Ivonia Aparecida Ferreira, coordenadora da sub-sede Sul do SINTESE e dirigente da CUT/SE pelo papel que desempenhou durante a greve do magistério.
Ivonia foi ameaçada de prisão pela delegada da cidade ao fazer cumpri uma ação de despejo perpetrada pela prefeitura. “A ordem judicial para desocupar o Paço Municipal chegou, mas ela não se intimidou com a repressão policial, e quando a delegada a ameaçou de prisão, falou mais alto a alam vermelha e Ivonia continuou de cabeça erguida defendendo a categoria dignificando o título de educadora”, diz o texto da moção.