Os professores das redes municipais de Amparo do São Francisco e Santa Luzia do Itanhi paralisam as atividades. Em Amparo as aulas serão interrompidas nos dias 07 e 10, já em Santa Luzia a paralisação está marcada para os dias 13 e 14. Os educadores das duas cidades cobram a implantação do piso salarial. Durante os dias de paralisação os profesores farão atos públicos com panfletagem para informar a população dos motivos da suspensão das aulas.
Amparo do São Francisco
As negociações não avançam no município. O prefeito Atevaldo Cardoso apresentou uma proposta que em nenhum momento seguia os princípios da Lei do Piso que visa valorizar o professor. O argumento do prefeito para a proposta é que não há recursos para o pagamento do piso. Fazendo comparação entre os recursos do Fundeb até julho de 2009 com o mesmo período do ano passado não se verifica queda na arrecadação. Mas apesar do discurso da falta de dinheiro o sindicato tem conhecimento de que há contratação de professores e funcionários sem necessidade real.
O SINTESE não apresentou nenhuma proposta porque a administração municipal não disponibiliza a folha de pagamento para que a comissão de negociação do SINTESE possa fazer estudos e buscar um entendimento para implantar os 2/3 do piso em 2009.
A situação das escolas também não é boa, segundo os professores eles ainda trabalham com mimeógrafos a álcool, falta papel e boa parte das cadeiras estão quebradas, chegando ao ponto de alunos sentarem no chão.
Santa Luzia do Itanhi
A paralisação no município está marcada para os dias 13 e 14, os professores também cobram a implantação do piso. A decisão de suspender as aulas foi tomada em assembleia realizada dia 05 depois da proposta apresentada pela administração.
Nesta sexta, 07, os educadores ocupam as galerias da Câmara de Vereadores para mostrar aos parlamentares a situação da Educação no município. Na quinta, dia 13, eles farão caminhada na sede do município e dia 14 vão percorrer os povoados, informando às comunidades os motivos da paralisação.
A administração propôs incorporar toda a regência de classe e também a titulação e redução dos percentuais de progressão vertical. Com isso os professores ao invés de ter a remuneração valorizada, terão redução de salário. De acordo com a comissão de negociação do SINTESE como a proposta é retroativa a janeiro os professores terão perdas ainda maiores. Por isso a categoria rejeitou a proposta apresentada pela prefeitura.