Na última terça-feira, 12, os professores da rede municipal de Maruim realizaram um ato histórico pelas ruas da cidade. Eles reivindicam piso salarial e condições de trabalho.
Maruim é uma das poucas cidades onde os professores não têm plano de carreira, ou seja, a lei que regulamenta a profissão de professor no município. A prefeitura argumenta que já paga o piso salarial, mas para o sindicato os valores não são vinculados a carreira. “Em Maruim não há valorização do professor, os valores apresentados pela prefeitura não correspondem a carreira”, disse Neilton Diniz, diretor do Departamento de Bases Municipais do SINTESE.
Péssima estrutura
As escolas da rede municipal de Maruim precisam de reformas. Falta também materiais didáticos como cartolina, cola branca, papel crepom, fita adesiva, lápis de cor, itens básicos para os professores, principalmente das primeiras séries do Ensino Fundamental, poderem ministrar aulas mais atrativas.
Em algumas escolas faltam equipamentos básicos como bebedouros, como é o exemplo da Escola Municipal de Ensino Fundamental São José, os alunos bebem água de um recipiente que normalmente é utilizado para transporte de leite.
Perseguidos
Como se não bastasse não terem piso salarial, material de trabalho e trabalharem e escolas ruins os educadores ainda são perseguidos. “Quem participa das atividades do sindicato recebe ameaças e vários já foram removidos das escolas”, conta Izabel Nascimento, professora do município e membro da direção executiva do SINTESE.
O prefeito Gilberto Maynard também não recebe o sindicato para negociar. “Nós queremos que o diálogo prevaleça, mas é preciso que o prefeito deixe de subterfúgios e receba a comissão de negociação do sindicato para que toda essa situação seja resolvida”, disse Erineto Santos, diretor do Departamento de Bases Municipais do SINTESE.