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A falta de vontade da administração municipal de Neópolis em implantar o Piso Salarial Nacional levou os professores da rede municipal a entrarem em greve por tempo indeterminado a desde a última segunda-feira (08).
Nesta terça-feira eles ocupam as galerias da Câmara de Vereadores para pedir apoio dos parlamentares. Na quarta-feira visitam os povoados, fazendo panfletagem e dialogando com a população os motivos da greve.
O SINTESE tem buscado o diálogo desde a implantação da lei em 2008, em 2009 chegou-se a implantar no vencimento inicial dos professores dois terços de R$950 (valor do piso na época), mas depois disso as negociações não avançaram. Neópolis e Maruim são os dois únicos municípios sergipanos que não implantaram o Piso Salarial Profissional Nacional.
A instabilidade política contribuiu para o retrocesso, a cidade mudou de prefeito várias vezes e houve nova eleição. Mas desde que Marcelo Guedes foi eleito prefeito, a situação não mudou. Já houve negociação e a administração comprometeu-se a apresentar uma contraproposta para a implantação do piso no valor estipulado em 2011 (R$1187), mas até agora nada. “Sempre estivemos abertos ao diálogo, mas a prefeitura não faz parte dela e tem demonstrado uma flagrante má vontade em negociar a revisão do piso”, disse Alberto dos Santos, da coordenação da sub-sede do SINTESE localizada no município.
Via crúcis
Na última quinta-feira (04) os professores realizaram uma via crúcis pelas ruas da cidade mostrando para a sociedade como o magistério tem perdido poder aquisitivo nos últimos dois anos pela falta de implantação do piso.
Os educadores denunciaram também a péssima situação das escolas, as irregularidades na folha de pagamento, problemas no transporte escolar e falta de material didático.
Agenda de Luta
09/8 – Ocupação na Câmara de Vereadores – 19h
10/8 – Visita aos povoados – 8h
11/8 – Ato público em frente a Prefeitura Municipal – 8h
12/8 – Via Crúcis – 20h