Educadores e servidores públicos municipais de Estância ocuparam uma das passarelas localizadas na saída de Aracaju para protestar contra a política de desvalorização dos funcionários públicos implantadas por Ivan Leite.
O ato de hoje marcou o segundo dia de paralisação das duas categorias. Faixas, cartazes e palavras de ordem marcaram o ato na saída de Aracaju. “Escolhemos essa parte da cidade para que todos que entram e saem da capital possam saber como o prefeito Ivan Leite trata mal os servidores públicos e professores de Estância”, disse Ivonia Ferreira, coordenadora da sub-sede SUL do SINTESE.
Os servidores públicos municipais estão há dois anos sem aumento salarial. “Só a reposição da inflação não valoriza os servidores municipais”, disse Adilson Faustino do Sindicato dos Servidores Municipais de Estância, SINDISEME.
Ocupação
No primeiro dia de paralisação os professores e servidores fizeram uma caminhada do bairro Alagoas até o prédio que sedia a prefeitura.
Para o SINTESE a ocupação da prefeitura foi um ato “ousado”, mas destaca que foi necessário uma vez que os educadores já não suportam mais tanto descaso. O prefeito Ivan Leite passou três anos para receber o sindicato em audiência e quando recebeu se ateve a lamentar-se e dizer que não tinha nada para oferecer como proposta. “O prefeito Ivan Leite diz que não tem nada para oferecer como proposta, mas não nos prova que há falta de recursos”, sentenciou Ivonia.
Diminuindo o número exorbitante de Cargos em Confiança os recursos aparecerão para que o prefeito possa conceder um reajuste aos servidores e negociar a volta da Regência de Classe do magistério que Ivan Leite cortou.
Para o Presidente da CUT, Rubens Marques de Sousa (Prof. Dudu), que também esteve presente na manifestação, o ponto positivo do ato foi a unificação de dois sindicatos SINTESE e SINDSEME na luta para resistir aos ataques da administração comandada por Ivan Leite.
Para se ter uma idéia do descaso, num espaço onde funciona o Projeto Mais Educação fruto de um convenio entre o Município de Estância e o Governo Federal, uma tampa de fossa é usada como mesa improvisada, e a estrutura física de muitas escolas é uma afronta a dignidade dos professores e alunos.