No mesmo dia em que os professores da rede municipal de São Cristóvão perderam direitos, uma educadora de 60 anos foi agredida pelo policial civil (que também é ex-vereador) Israel Sarmento.
Os vereadores aprovaram projeto enviado pela prefeita Rivanda Farias que corta drasticamente o salário do magistério. Pelo que se sabe do projeto os educadores perderiam todas as gratificações da remuneração do magistério.
A professora Vera Reis estava com filha e vários educadores no lado de fora do prédio da Câmara de Vereadores indignada pela aprovação do projeto, que apesar de não ter sido lido em plenário, versava sobre o corte de todas as gratificações do magistério. Após discussão o policial civil deu um tapa no rosto da educadora, quando sua filha foi protestar pela atitude do policial também foi agredida.(o vídeo mostra a agressão a filha).
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Imediatamente os membros da direção do SINTESE que estavam em São Cristóvão acompanharam a professora a Delegacia Plantonista, em Aracaju e registraram o boletim de ocorrência. O sindicato também irá denunciar o policial a Corregedoria de Polícia Civil para que sejam tomadas providências.
Perda de direitos
Apesar de terem conversado com os vereadores e solicitado para que não aprovassem o projeto, pois a matéria não tinha sido lida e nem apreciada pelos parlamentares, os vereadores que fazem parte da bancada de apoio a prefeita votaram o projeto sem sequer saberem o que continha. “Os diretores do SINTESE, junto com a comissão de negociação, buscou o diálogo com o presidente da Câmara dos Vereadores e também com os parlamentares, mas eles foram irredutíveis”, aponta Erineto Santos, professor da rede municipal de São Cristóvão e membro da direção executiva do SINTESE.
De acordo com informações da bancada de oposição, nenhum vereador sabia dizer o que continha realmente no projeto, pois ele não foi distribuído para ser apreciado pelos parlamentares.
Quebra de acordo
A atitude da administração de Rivanda Batalha foi uma quebra no acordo feito com o sindicato em audiência realizada a semana passada no Ministério Público. Foi acordado que: o decreto que cortou os salários dos professores em janeiro seria revogado e, a devolução do que foi retirado indevidamente seria encaminhada através de reuniões de uma comissão formada por representação do SINTESE, Ministério Público, Câmara de Vereadores e administração municipal.
A primeira reunião marcada para o dia 22 não ocorreu e na noite os professores foram surpreendidos com o envio do projeto. “Durante a reunião, o secretário de Assuntos Parlamentares, Armando Batalha, garantiu que a administração não faria corte nos salários dos educadores e nem alteraria a carreira, mas não foi isso que vimos no dia de ontem(22)”, disse José Francisco Andrade, diretor do Departamento de Base Municipal do SINTESE.
A direção do sindicato repudia a ação da administração de São Cristóvão que de forma arbitrária reduziu o salário dos professores ao vencimento inicial. Tal atitude trará imensos prejuízos não só aos educadores, mas também a suas famílias.
Os professores farão ato público neste sábado, 23, com concentração às 13h na praça da matriz.