Na última segunda-feira, 03, os educadores da rede municipal de Santana do São Francisco receberam os salários relativos ao mês de novembro. Mas a administração municipal não deu previsão de quando pagará o mês de dezembro, pois no mês passado eles receberam somente o 13º. Mas não só eles vivem este drama no final do ano.
Baixo São Francisco
Em Neópolis a prefeitura não pagou dezembro e não apresentou previsão de pagamento. De acordo com informação da sub-sede do SINTESE, localizada no município, tem sido prática da administração não pagar dentro do mês trabalhado, chegando a atrasar os salários em até 15 dias.
Na cidade de Pacatuba há até poucos dias os educadores estavam sem receber o mês de novembro. Agora o magistério local aguarda o pagamento dos salários do último mês de ano, situação semelhante em Cedro de São João e Aquidabã.
Agreste
A região é uma das mais problemáticas do estado. Nos municípios de Carira, Campo do Brito, Malhador, Pedra Mole os professores não receberam os salários do mês de dezembro.
No caso de Macambira e Ribeirópolis as secretarias municipais de Educação informaram que os salários serão depositados no dia 10.
Em Carira por volta de 80, dos 400 professores da rede, tiveram valores depositados em suas contas, mas não há informação (eles não tiveram acesso aos contracheques e prefeitura não esclareceu) se equivalem ao salário do mês de dezembro ou ao 13º.
Na cidade de Itabaiana no começo, somente os educadores que mantêm conta no Banco do Brasil receberam o 13º, dias depois os que têm contas no Banese e aposentados receberam, mas, para indignação dos professores, a prefeitura não considerou o salário de dezembro para o cálculo do 13º o que gerou perdas salariais que chegaram a R$600 em alguns casos.
Sertão
Até o fechamento desta matéria nos 13 municípios que abrangem a região somente em Nossa Senhora de Lourdes os educadores não receberam o salário de dezembro.
Prática comum
Infelizmente, o não pagamento dos salários no final do ano tem sido uma prática dos gestores municipais. As prefeituras alegam não ter recursos, mas isso não pode ser usado como justificativa, afinal os salários dos professores são pagos com recursos que chegam as contas das prefeituras para isso.
Em levantamento feito pelo sindicato foi constatado que em todos os municípios que atrasaram pagamentos tiveram aumento de no repasse dos recursos do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação em no mínimo 34%, ou seja, dinheiro não é o problema.
Essa prática gera transtornos não só para os professores e suas famílias, mas também para o setor comercial das respectivas cidades. Os comerciantes com certeza arcaram com algum prejuízo, pois deixaram de ter uma significativa parcela dos consumidores em seus estabelecimentos.
O SINTESE buscará a intermediação do Ministério Público para que possa ser encontrada uma solução para o problema.