Causou extrema preocupação aos professores e professoras das escolas municipais de Tomar do Geru e também ao SINTESE o convite de uma reunião que aconteceu na última quarta, dia 25, na cidade.
De acordo com mensagens que circularam nos grupos de whatsapp das escolas o objetivo do encontro era realizar “consulta pública com os pais dos nossos educandos para implantação do Programa Escola Cívico Militar, com a presença do Coordenador Geral do MEC, o senhor Júlio Cézar Pontes”.
A ação da prefeitura de Tomar do Geru que pode parecer algo bom para sociedade, pois as escolas militares são “vendidas” como exemplos de disciplina e correção na verdade esconde a falta de projeto da administração municipal para a Educação e com a adoção do programa quer transferir a responsabilidade para outros.
A propaganda do governo Bolsonaro, que implanta esse projeto, é grande. De que as escolas vão receber R$1 milhão, mas a publicidade não diz que esses recursos são para financiar os salários dos militares que passarão a fazer a gestão.
Pesquisadores da Educação, professores, movimentos que defendem a não militarização das escolas são explícitos ao dizer esse modelo viola os princípios da liberdade de aprender, de ensinar, da gestão democrática e do pluralismo de ideias, ou seja, uma educação antidemocrática e autoritária.
Não é trazer o Exército, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros que vai melhorar a Educação, mas sim investimentos efetivos nas escolas, valorização dos professores e professoras e prédios que atendam as necessidades dos profissionais e dos estudantes.