Umbaúba: sem salários há 2 meses professores fazem ato público

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Pratos vazios simbolizam a falta de salários dos professores e servidores

Pratos vazios simbolizam a falta de salários dos professores e servidores

Com concentração na Praça do Adelvan desde as 8h desta sexta-feira, os professores da rede municipal de Umbaúba fazem ato público pelas ruas da cidade. Eles exigem o pagamento dos salários que estão atrasados há dois meses.

A justificativa do prefeito José Silveira Guimarães é que não há dotação orçamentária para cumprir estas obrigações e que já enviou solicitação para a Câmara de Vereados solicitando crédito suplementar. Mas o SINTESE analisou o orçamento do município aprovado para 2014 e constatou que havia garantia do pagamento dos salários.

Para pressionar o Poder Legislativo a aprovar o crédito, a administração municipal reteve os recursos e deixou de pagar os salários de todos os funcionários no mês de agosto. A presidência da Câmara de Vereadores informa só aprova o crédito suplementar quando a administração apresentar a prestação de contas.

Esse é o mistério que ronda o município, como a administração gastou os recursos para pagamento dos salários dos professores se, de acordo com o orçamento aprovado para 2014, o dinheiro era suficiente para pagar pelo menos até o mês de agosto.

O chefe do poder executivo não dialoga com as categorias. No último ato realizado no dia 22 de agosto, ao invés de receber os professores e demais servidores o prefeito simplesmente trancou as portas da prefeitura e chamou a polícia.

O prefeito não dá explicações e culpa o Poder Legislativo por não ter recursos, enquanto isso os professores estão no meio dessa queda de braço política. “Nós fizemos o nosso trabalho e temos direito a receber por isso, a administração municipal está infringindo a Constituição Federal e fazendo com que centenas de famílias passem por situações constrangedoras, inclusive com famílias já sem ter o que comer.”, aponta Fabiana Lisboa, delegada sindical.

Se com 30 dias de atraso o comércio local já estava sentindo os efeitos da falta de dinheiro circulando no município, com mais de 60 dias a situação fica mais drástica.