Milhares de professores participaram da abertura oficial do XIII Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe que se iniciou na manhã desta quarta-feira, 10, no Iate Clube de Aracaju.
Como já é tradição nos congressos e conferências, antes do discurso de abertura da presidenta Ângela Melo aconteceram apresentações culturais e leitura de poemas.
Com a poesia do professor de Itabaiana, Antônio Dantas “Mãe de todas as profissões” a direção do SINTESE saudou os presentes.
O Grupo de Danças Folclóricas do SINTESE apresentou o São Gonçalo, para delírio da plateia. Anabel Vieira, Beto Carvalho e o grupo de MPB Experimental Cumbuca emocionaram com a musicalização das poesias de Diomedes Silva e Mário Jorge Vieira que também foram coreografadas pela Cia D’ançart.
Antes da apresentação do Coral do SINTESE mais o poema “Lobos em peles de cordeiro” também de autoria professor Antonio Dantas foi lido para a platéia.
No discurso de abertura Ângela Melo ressaltou a presença dos educadores. “Somos 1470 delegados, homens e mulheres comprometidos com as lutas de valorização do magistério e pela escola pública de qualidade social”.
Falou também sobre a atuação do deputado federal Iran Barbosa e da deputada estadual Ana Lúcia. “É inconcebível que um professor preste-se ao desserviço de ser o elemento reprodutor de calúnias e infâmias contra a Companheira Ana Lúcia cuja vida tem sido dedicada integralmente a causa da educação publica”.
“É preciso refletir o tipo de educadores que somos, pois anulamos a nossa consciência de classe em detrimento do conservadorismo do senso comum do conservadorismo do senso comum, de não nos expormos nas batalhas políticas para defendermos os nossos interesses e de também tratarmos o voto enquanto mercadoria. Os participantes deste Congresso precisam humildemente debater e procurar extrair as lições dos nossos erros e descaminhos políticos”.
Ângela ressaltou também que no próximo período, as lutas dos professores de Sergipe precisarão estar orientadas para implantarmos massivamente a gestão democrática nas escolas estaduais e municipais de todo o Estado de Sergipe; pelo resgate da autonomia e o fim da lógica perversa da precarização do trabalho dos docentes; por uma política permanente de formação continuada para o Magistério Público; e a mudança nas atuais regras de financiamento da educação, ampliando os percentuais de investimento.
Precisamos compreender que deveremos empreender esforços para participarmos ativamente do processo que culminará na aprovação do novo Plano Nacional de Educação.
Ângela encerrou o discurso com o poema “Almirante Negro” em menção aos 100 anos da Revolta da Chibata.
Na parte da tarde o congresso vai tratar do “O cenário pós-eleitoral Brasil e a repercussão internacional” com o editor do jornal Brasil de Fato, Alípio Freire e professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Sergipe, Romero Venâncio.