O Brasil e Sergipe pós eleições 2010

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“Duvido que ao longo dos anos tivemos uma eleição tão disputada e com um nível tão baixo” essas foram uma das primeiras palavras de Alípio Freire, do jornal Brasil de Fato. Alípio Freire fez uma análise da atual conjuntura política e do processo eleitoral.

O primeiro dia do XIII Congresso do SINTESE foi voltado para uma análise tanto do cenário nacional, quanto da conjuntura política em Sergipe e no Nordeste.

Ele começou historiando os dois antigos blocos econômicos: Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (Socialismo) e que nessa época havia uma margem de manobra e contenção.

As políticas neoliberais fizeram com que nos últimos 20 anos os países adotassem duas vertentes político-econômicas, onde numa delas o mercado impera e o Estado é mínimo. E uma variação dela, onde o mercado impera e o Estado também é mínimo, mas a diferença está na adoção de políticas compensatórias com o objetivo de distribuir riqueza.

As alianças feitas pelo Partido dos Trabalhadores entorno da candidatura de Dilma Rousseff enquadram a futura política econômica do país na segunda vertente, desenvolvimento com distribuição de riqueza e é justamente a distribuição de riqueza que difere a política econômica da candidata eleita, de José Serra.

Alípio historiou de como se construiu a candidatura de José Serra e de como ela era perigosa para o Brasil.

Sergipe e Nordeste

Já o professor Romero Venâncio, do departamento de Filosofia da Universidade Federal de Sergipe fez uma análise tomando como base o estado de Sergipe e a região Nordeste.

Utilizando-se de dados do artigo escrito pela economista Tânia Bacelar, Romero falou da qualificação do voto da região. No artigo a economista coloque que o voto do nordestino foi qualificado pelas mudanças que aconteceram na região, promovidas pela política de investimentos do governo Lula. “As pessoas tiveram suas vidas mudadas, pelo menos no aspecto financeiro”, pontuou Romero.

Ele também ponderou que é preciso fazer uma reflexão dos eleitos da região nordeste, de que estão forma uma nova vertente de uma nova oligarquia.

Sobre Sergipe, Romero disse que a atual política de alianças em torno da candidatura de Marcelo Déda fez com que um bloco empresarial tenha o poder determinar qual será a política governamental adota pelo Poder Executivo nos próximos quatro anos. “Marcelo Déda equivocou-se politicamente”, enfatizou.

Romero também fez uma crítica ao tipo de democracia empregada nos dias de hoje. “Vivemos hoje uma democracia representativa, mas temos que ter uma democracia participativa”.