Oe professores e professoras na XIV Conferência Estadual em Educação aprovaram moção de solidariedade ao jornalista Cristian Goes. O jornalista, em mais um caso esdrúxulo da Justiça brasileira, foi condenado por escrever um texto ficcional.
Cristian escreveu em 2012 uma crônica intitulada “Eu, o Coronel em mim”, o texto falava sobre o exercício do poder e se adequava em diversos contextos, épocas e personagens distintos.
A época, o então vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Edson Ulisses moveu dois processos contra o jornalista, um cível e um criminal.
O desembargador se sentiu ofendido com o trecho “Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo”.
Em uma velocidade surpreendente, em 2013 o jornalista foi condenado. Agora, após cumprir pena criminal por 8 meses, prestando serviços num posto de saúde de Aracaju, o jornalista está sendo obrigado a pagar indenização de R$ 54.221,97 ao desembargador. Serão acrescidos ainda a esse valor os honorários advocatícios, fazendo com que a conta chegue à casa dos R$ 66.000,00.
“Nós, trabalhadoras e trabalhadores da Educação nos solidarizamos com o companheiro Cristian Góes e estamos juntos na resistência contra aqueles que se utilizam do poder político – jurídico – econômico para nos silenciar”, finaliza o texto da moção.
Financiamento coletivo
Num ato em defesa da liberdade de expressão e do fortalecimento da democracia, o Coletivo Carolina Maria de Jesus de Pesquisa em Jornalismo e Cultura, formado por jornalistas de Sergipe, lançou uma campanha de apoio e solidariedade ao jornalista Cristian Góes.
Qualquer pessoa pode colaborar para esta campanha é só acessar o link
Acesse o link e colabore com esta luta: https://www.kickante.com.br/campanhas/escrever-nao-crime