Nos últimos anos, Sergipe vem conquistando espaço nos cenários nacional e internacional como um estado promissor na produção audiovisual. Ainda que com dificuldades financeiras, a premiação de filmes e o reconhecimento de cineastas, atores e diretores vêm fortalecendo a produção de documentários no estado.
E a próxima novidade na cena audiovisual é o documentário Carlos Marighella – quem samba fica, quem não samba vai embora. Do cineasta independente Carlos Pronzato, o documentário, que será lançado em dezembro, conta em sua equipe com produtores sergipanos e está sendo editado e finalizado nas dependências do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira.
Com depoimentos de militantes políticos que atuaram junto ao líder revolucionário, o documentário é o resguardo e difusão da sua memória resgatando o testemunho daqueles que acompanharam a sua trajetória.
Antes mesmo de finalizado, o documentário já tem exibição garantida em festivais na Bahia, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Sobre o documentário Carlos Marighella – quem samba fica, quem não samba vai embora é uma homenagem ao centenário de nascimento de Carlos Marighella (5/12/1911 – 5/12/2011), um dos principais militantes políticos da história recente brasileira.
Neste 4 de novembro completam 42 anos do assassinato de Marighella e no dia 5 de dezembro o centenário do nascimento desse bravo brasileiro.
Nascido em Salvador, Marighella teve um histórico de militância no Partido Comunista Brasileiro entre os anos de 1933 e 1967, quando rompe com o PCB e adere à luta armada. Antes, foi Deputado Federal Constituinte em 1946 e na década de 1950 participou ativamente das lutas populares nacionais.
Em 1969, foi apontado pela Ditadura Militar como inimigo público número 1, principalmente pela sua liderança na ALN – Ação Libertadora Nacional. Surpreendido numa emboscada, Marighella foi assassinado em 4 de novembro de 1969, por agentes da Polícia Política, em São Paulo.