Cut repudia agressões do Governo do Estado contra o SINTESE

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A direção da Central Única dos Trabalhadores (Sergipe) repudia com veemência a forma agressiva e desrespeitosa como o governo do Estado através da SEED tem tentado desesperadamente macular a imagem do combativo SINTESE, bem como da sua base (professores e professoras).


É sintomático que os ataques se intensifiquem exatamente no período em que acontecerá eleição da diretoria da entidade, o que comprova a clara intenção do governo em interferir no processo eleitoral para prejudicar a chapa defendida pela atual direção.


Agindo assim o governo do estado está cometendo crime contra a organização dos trabalhadores, da mesma forma que muitos coronéis em Sergipe e Brasil afora têm feito quando suspendem o recolhimento das consignações dos sindicatos, apoiam deliberadamente as oposições, fecham os canais de comunicação, criminalizam as greves, ajuízam ações contra dirigentes sindicais e usam o dinheiro público para veicular matéria com o intuito de perseguição sindical.
 

Que o movimento sindical seja atacado por gestores públicos reacionários com formação de direita é até “compreensível”, mas por um governo comandado por um político que fez carreira com o discurso de que combateu a Ditadura Militar, aí não.

  
No dia 24 de fevereiro, o governador Jackson Barreto depôs na Comissão da Verdade (auditório do Museu da Gente Sergipana) e lá ele exaltou fartamente a importância da democracia para Sergipe e para o Brasil. Pois bem, quando o seu governo sai com nota paga nas emissoras de rádio e televisão para agredir os trabalhadores em educação e seu sindicato, ele derruba por terra o passado e o discurso democrático.
Há quanto tempo o governo vem prometendo aplicar um plano de Carreira para os servidores do Estado?  Quando implementar (se implementar) os salários propostos na tabela já estarão menores do que o salário mínimo. Então o governo JB não desrespeita e desvaloriza somente o SINTESE.
 

Ao invés de usar o poder do estado para tencionar com o SINTESE, o governo deveria abandonar a ideia estapafúrdia de conceder o reajuste do piso salarial do magistério somente para o nível médio, deixando a massa de professores e professoras de fora do direito garantido em lei. A teimosia vai levar o magistério à miséria, uma vez que o professor com nível médio terá um salário maior do que o de nível superior.
Isso é democrático, governador? É honesto penalizar e desestimular a formação de educadores?

Quando o governo diz que o SINTESE dá golpe nos estudantes ao fazer greves… Perguntamos se governador esqueceu da Constituinte que garantiu o direito de greve.  Para nós da CUT, dar golpe é usar o discurso falacioso da Lei de Responsabilidade Fiscal para não reajustar os salários dos servidores.
Por fim, além de nos solidarizarmos aos professores e professoras como também ao SINTESE, nos colocamos a disposição para qualquer ato de desagravo, e cobramos do governo que deixe imediatamente de interferir na eleição da entidade, pois usar a força da máquina para tentar derrotar o sindicalismo combativo implementado pela atual diretoria – reconhecido nacionalmente – além de crime é um ato de covardia.

Aracaju, 02 de março de 2016