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- Criar data 13 de maio de 2024
- Ultima Atualização 13 de maio de 2024
Revista Paulo Freire_47
Primeiras palavras
Um convite permanente ao diálogo
Ainda repercute muito bem as últimas edições da Revista Paulo Freire, a exemplo da que apresentou a questão indígena em Sergipe e a edição 46, que tratou do financiamento da Educação Pública. Assim, sentimos que, aos poucos, a nossa publicação vai chegando nos professores, alunos, pais e vai gerando algum interesse de pesquisa e de debate.
Além de receber, ler, analisar criticamente os textos da Revista Paulo Freire e, principalmente, discutir sobre as temáticas aqui propostas com colegas, alunos e outras pessoas, gostaria de reforçar que, de algum modo dialógico, a nossa publicação também quer receber sua contribuição em forma de textos. Sim, estamos abertos e lhe convidando ao diálogo. Nosso e-mail é: revistapaulofreire@sintese.org.br
Seus artigos são acolhidos e analisados pelo Conselho Editorial da Revista Paulo Freire. Sintam-se convidados a participar desse grande ambiente de proposição para a emancipação, fazendo deste instrumento - a revista – uma denunciadora da opressão e escravização dos seres e uma anunciadora de um tempo de boniteza, como dizia Paulo Freire.
Para a edição que vocês têm em mãos ou que estão lendo nas telas (edição 47), propomos uma discussão sobre a importância vital para todos nós dos vários mecanismos de controle social, especialmente o acompanhamento e o controle social do FUNDEB, texto escrito pela professora Rita de Cássia Santos.
Vale destacar com ênfase nesta edição o importante texto do professor Antônio Fernando de Araújo Sá, do Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe, sobre os 60 anos do golpe e da ditadura militar no Brasil. Para Fernando Sá, “Estruturada por uma narrativa democrática e antifascista, a construção de uma pedagogia da memória pode nos proporcionar futuros mais democráticos e menos violentos, desenvolvendo ações comunitárias e itinerantes”.
Como não poderia deixar de ser, o foco principal da nossa revista é a questão da luta por uma educação antirracista. Temos três artigos excelentes.
O primeiro é do professor Roberto Amorim que aponta as barreiras e impasses estruturais que dificultam o cumprimento da Lei 10.639/03. Lembram dela? Essa lei obriga as Escolas do Ensino Fundamental e Médio a ensinarem sobre História e Cultura Afro-brasileira. É uma leitura obrigatória.
Também na mesma linha, com outro modo de olhar, o professor Evanilson França mostra que já se passaram 21 anos da Lei 10.639/03 e ela parece ter ficado na “zona do não ser”. O professor faz uma interessante análise sobre o império do racismo e o silenciamento das/os condenadas/os da Terra. Evanilson apresenta dados relevantes de uma pesquisa em Sergipe.
Para completar essa temática, o professor José Fernando Santos Gramoza discute a partir do lugar de fala da juventude negra na BNCC e no Novo Ensino Médio. Para isso, Gramoza nos brinda com os pensamentos de Sílvio de Almeida, Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo e Angela Davis, e como essas pensadoras e pensadores nos ajudam a perceber a invisibilidade da juventude negra.
Bom, e encerro reforçando o convite para o diálogo: leia, analise criticamente os textos da Revista Paulo Freire, discuta sobre as temáticas e, principalmente, escreva para nós, apresente seus textos.
Roberto Silva
Presidente do SINTESE






