Na busca por difundir as ideias presentes no projeto ‘A Escola Democrática e Popular: a educação que queremos’, dirigentes do SINTESE visitam escolas da rede pública levando o debate aos educadores de diversas partes de Sergipe. O intuito é mostrar que outra proposta de escola pública, que vise elevar a qualidade da educação tendo como referência a emancipação humana, é possível ser construída.
Desta vez os educadores da Escola Estadual Alceu Amoroso Lima, localizada no bairro Santa Tereza, em Aracaju, puderam conhecer um pouco mais do Projeto ‘A Escola Democrática e Popular’. O debate aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 25, e foi levado pelo diretor do departamento de formação do SINTESE, professor Paulo César.
Para iniciar o debate o dirigente do SINTESE contou um pouco da história do surgimento do projeto ‘A Escola Democrática e Popular: a educação que queremos’. O professor relatou aos educadores presentes que o projeto é fruto de uma construção coletiva, feita através de um Grupo de Trabalho constituído por professores da rede pública de Sergipe e dirigentes do SINTESE orientados pelo professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, André Silva Martins. O projeto foi norteado por quatro eixos: Formação Humana; Gestão Democrática; Trabalho Docente e Políticas Estruturantes.
Durante o debate o foco principal foi dado ao eixo ‘Trabalho Docente’. O professor Paulo César levantou problemáticas e dialogou sobre o papel da escola e dos educadores dentro da perspectiva do projeto ‘A Escola Democrática e Popular’.
“Há um caminho longo para conquistarmos uma sociedade justa, fraterna e igualitária. A escola pode ser um espaço para contribuir com este ideal de sociedade. Não temos que preparar nossos alunos para marcar X. Temos que preparar nossos alunos para a emancipação humana, para ver o outro como igual. A escola precisa trabalhar o valor humano, a ética para o bem comum”, destaca o diretor do SINTESE.
Paulo César enfatizou ainda que a Escola Democrática e Popular defende que as relações humanas devem ser baseadas no diálogo, no respeito e na construção coletiva horizontalizada, ou seja, com ampla participação da comunidade escolar. “Os professores e gestores são autoridades pedagógicas, isso significa dizer que no contexto da escola devemos exercer nossa autoridade sem autoritarismo. Ou seja, exercer o papel de autoridade pedagógica pelo convencimento, sem o uso de ameaças. Devemos buscar promover uma formação das singularidades no coletivo para a vida coletiva. A escola que está aí não é a que queremos para os filhos e filhas dos trabalhadores. A proposta pedagógica não deve ser imposta e sim construída coletivamente. O projeto pedagógico deve ter a cara, a cor e o cheiro da escola”, explica.
Para a professora da Nice Santos, que acompanhou o debate, as mudanças na sociedade pedem que os métodos pedagógicos também sejam mudados. “A sociedade mudou e precisamos repensar os currículos de nossas escolas e a metodologia que estamos usando com nossos alunos. A escola precisa enxergar a comunidade, precisamos participar da vida desta comunidade e permitir que ela participe da nossa. Precisamos nos envolver e trocar”, acredita a professora.
Debate
As escolas da rede pública que têm interesse em promover o debate sobre ‘A Escola Democrática e Popular: a educação que queremos’ e conhecer mais sobre o projeto podem entrar em contato com o SINTESE pelo e-mail: sintese@sintese.org.br ou através do telefones 2104-9841 (falar com Bárbara) e 2104-9809 (falar com Adson)
Conheça aqui o projeto ‘A Escola Democrática e Popular: a educação que queremos’