Na tarde desta terça-feira (2), os professores do Colégio Estadual Dom Luciano José Cabral Duarte estiveram reunidos para discutir os impactos da avaliação de desempenho proposta pelo governo estadual.
Hildebrando Maia (assessor político do Sintese) iniciou sua fala associando o processo que ocorre em Sergipe com outros momentos quer marcaram as políticas educacionais no país. E lembrou que “esses mecanismos de avaliação de desempenho foram introduzidos como emenda ao artigo 41 da Constituição Federal em 1998”, como critério para uma possível demissão do servidor público. O assessor também explicou que nessa mesma década o “Índice Guia” começou a ser vendido ao governo brasileiro.
Descontextualizado
Nas primeiras olhadas ao conteúdo do projeto já são constatados erros grotescos. A avaliação propõe que a escola seja “analiticamente considerada como variável independente”, desconsiderando a rede estadual de ensino público e as políticas públicas implementadas (ou não) naquele ambiente escolar.
O Índice Guia é leviano quando apresenta fragmentos da pedagogia progressista diluídos em seus itens. Afinal, que tipo de diálogo seria efetivado num modelo educacional imposto de cima para baixo? Como os educadores podem exercer seus trabalhos pressionados por metas que não levam em conta até mesmo a duração das aulas?
Contrato de gestão
Ao avançar a leitura, mais problemas. O Índice prevê um contrato de gestão assinado pelo professor, que se compromete a ser “eficiente em um contexto de relativa escassez de meios”, ou seja, recai para educadores, direção e coordenação pedagógica o papel do estado de assegurar condições dignas de ensino e aprendizagem. Para solucionar eventuais problemas, o projeto indica que “a escola organiza e mantém atuante uma rede de parcerias de cooperação com a instituição”, o que se configura com a entrada da iniciativa privada na educação pública básica.
Ataque à autonomia e assédio moral
Além de propor diferenciação entre o conjunto de alunos e também dos professores, o Índice sugere a interferência dos educadores mais aptos nas aulas daqueles considerados “insuficientes” desrespeitando a autonomia da prática pedagógica a que todo profissional da educação tem direito.
Se efetivado for, o assédio moral nas escolas será institucionalizado, pois os rendimentos de alunos e professores serão publicizados em salas de aula e reuniões com a comunidade. Em detrimento da reestruturação da educação pública, Secretaria do Estado da Educação (Seed) e governo estadual optam por ataques à Lei de diretrizes e bases (LDB).
Se programe (confira os debates agendados):
- Dia 4 de Agosto: a partir das 08h30minh em Lagarto;
- Dia 5 de Agosto: a partir das 09h na Escola Estadual Lourival Batista em Aracaju;
- Dia 6 de Agosto: a partir das 09h em Aquidabã;
- Dia 9 de Agosto: a partir das 15h30minh na Escola Estadual Rollemberg Leite em Aracaju;
- Dia 9 de Agosto: a partir das 15h30minh no Colégio Estadual Tobias Barreto em Aracaju;
- Dia 10 de Agosto: a partir das 09h no Colégio Estadual João Alves Filho em Aracaju;
- Dia 12 de Agosto: tarde debate no CERES em Aracaju;
- Dia 20 de Agosto: a partir das 08h no Colégio Estadual Leandro Maciel em Aracaju;
- Dia 20 de Agosto: a partir das 08h no Colégio Estadual Augusto Franco em Aracaju;
Acompanhe aqui a cobertura fotográfica de alguns desse eventos.
ARACAJU
Colégio Dom Luciano
{vsig}avaliacao_desempenho/domluciano{/vsig}
Colégio 24 de outubro
{vsig}avaliacao_desempenho/aracaju{/vsig}
NEÓPOLIS
{vsig}avaliacao_desempenho/neopolis{/vsig}
SIMÃO DIAS
{vsig}avaliacao_desempenho/simaodias{/vsig}
RIBEIRÓPOLIS
{vsig}avaliacao_desempenho/tobiasbarreto{/vsig}