O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial de Sergipe completa nesta quarta-feira, 08 de setembro, 33 anos de lutas e conquistas.
Fundado em 1977 se chamava APMESE – Associação dos Profissionais do Magistério
do Estado de Sergipe, mas sua atuação era marcada pelo clientelismo e não promovia ações que aumentasse o nível de consciência do magistério pela sua condição de trabalhadores.
Após anos fazendo oposição a diretoria da APMESE, em 1992, o grupo liderado pela professora Ana Lúcia é eleito para a diretoria do sindicato começa uma mudança estrutural, política e ideológica no sindicato.
Luta
Um dos maiores destaques da gestão de Ana Lúcia a frente do SINTESE foi a greve de fome, protagonizada por ela em 1994 na Assembleia Legislativa. Foi a partir deste ato de extrema conscientização política e que teve apoio da categoria e de diversos setores da sociedade foi que os professores da rede estadual conquistaram o Estatuto do Magistério.
Para Ana Lúcia, hoje deputada estadual, na história atual o SINTESE se mostra um sindicato forte, combativo, que organiza os professores, estes carregadores de sonhos que têm a missão de construir a democracia deste país. “O SINTESE é a grande escola da minha vida política e social, hoje só tenho a celebrar o crescimento e a unidade que o sindicato tem na sua categoria. São 33 anos de lutas, sonhos e realizações”, disse Ana Lúcia.
Em 2001, já tendo Iran Barbosa na presidência do sindicato, os professores da rede estadual conquistaram o Plano de Carreira. “Nestes 33 anos de criação do SINTESE quem ganha o grande presente é a Educação Pública, pela forma como nas últimas décadas a entidade tem colocado no centro das atenções o debate sobre a qualidade da Educação e da valorização do magistério”, disse Iran Barbosa, deputado federal.
Ele completou dizendo que sem o SINTESE, com certeza o cenário da Educação Pública em Sergipe seria mais difícil do que é hoje. “Parabéns a todos que fazem o SINTESE, a força vida da leuta pela Educação e pelos educadores”, finalizou o deputado.
Referência
A manutenção da Progressão Vertical, em 2008, e a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional , em 2009, marcaram a gestão de Joel Almeida a frente do sindicato. “O SINTESE nesses 33 anos se constituiu como uma grande ferramenta de luta, liberdade e independência dos educadores sergipanos. O SINTESE não é apenas um sindicato, é uma forma de viver. Tenho a honra de ser mais um nessa nação”, disse Joel.
Atualmente tendo na presidência Ângela Melo, o SINTESE permanece na luta por uma Educação Pública de qualidade social e pela valorização do magistério. Este ano o foco continua sendo a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional nos municípios que ainda não cumprem a lei e pela regulamentação da Gestão Democrática na rede estadual. “Nesses 33 anos de lutas e conquistas pelos direitos dos trabalhadores em Educação, o SINTESE torna-se referência nacional, nem sempre as conquistas foram as que os trabalhadores desejaram, mas eles têm a certeza que o sindicato continuará firme e forte na luta pela classe trabalhadora.
Para o presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques, o SINTESE ao longo desses 33 anos de existência se transformou numa máquina de produzir luta para fazer avançar a escola pública sergipana. Destacou a visão e a determinação da professora Ana Lúcia que investiu na ampliação da atuação do sindicato para o interior, e hoje o SINTESE está presente além da rede estadual de ensino, em 74 municípios. “O magistério público sergipano se divide em dois momentos, antes e depois do SINTESE”, disse.
Abrangência
No início da gestão de Ana Lúcia, em 1992, o sindicato possuía pouco mais de 3 mil filiados, sendo todos da rede estadual. A luta por uma educação pública de qualidade social e a conscientização dos professores como classe trabalhadora fez com que o SINTESE esteja hoje com quase 25 mil filiados e seja o sindicato dos professores dos 74 municípios sergipanos.