Nas redes municipais Riachuelo teve a maior nota, 8,1 e pela terceira vez consecutiva São Cristóvão tem a pior nota 0,4
Com 0,9 a gestão de Jackson Barreto na educação pública da rede estadual teve a pior nota desde que o SINTESE começou a apresentar as notas da Prova Final da Gestão da Educação Pública, em 2007.
“No estado são dois anos de descompromisso, de ausência de política, de dois anos seguidos sem reajuste (além do reajuste de 2012), boa parte das escolas com péssima estrutura física, falta de alimentação e transporte escolar. A nota dada pelos professores e professoras o retrata o que foi e o que representou a ação política de Jackson Barreto em relação aos professores e professores em 2016”, disse a presidenta do SINTESE, Ivonete Cruz.
Menos de um terço dos municípios foi bem avaliado
Dos 74 municípios, somente 20 tiveram avaliações acima de 5,0. Quarenta e nove gestões tiveram avaliações entre 1,0 e 5,0. E quatro municípios tiveram avaliações abaixo de 1,0.
As cinco maiores notas foram atribuídas aos municípios de Riachuelo (8,1), Itabaiana (7,8), Cedro de São João (7,7), Siriri (7,1) e Nossa Senhora do Socorro (6,5).
Já as cidades de São Cristóvão (0,4), Propriá (0,7), Aquidabã e Canhoba (0,8), além de Frei Paulo e Gararu (1,0) ficaram com as piores notas.
“Esperamos que as notas sirvam para os gestores refletirem sobre como vão gerir a política educacional em 2017”, aponta Roberto Silva dos Santos, vice-presidente do SINTESE.
Confira a notas de todos os prefeitos e prefeitas
Denúncia de forma lúdica
O ano de 2016 foi muito difícil para os professores e professoras, tanto das redes municipais, quanto da rede estadual.
Nos municípios a grande parte das greves e paralisações foi no sentido de garantir o pagamento do salário em dia, além das reivindicações de cumprimento da lei do piso, melhoria nas condições de trabalho e na garantia do acesso e permanência do estudante na escola.
Na rede estadual, o magistério amarga três anos sem reajuste do piso (2012, 2015 e 2016). As denúncias de falta de alimentação nas escolas foram constantes. No decorrer deste ano, estudantes de diversos municípios não puderem assistir às aulas nas escolas da rede estadual por falta de transporte.
Todas estas denúncias foram representadas de forma interativa pelo sindicato através da “Escola Macabra Estadual”, da “Escola Municipal da Bagaceira” e do “Jogo da Luta do Magistério”.
Cultura enaltecida
A Prova Final da Gestão da Educação Pública também é a oportunidade de mostrar que a cultura é uma forma de resistência. O ato da Prova Final de 2016 contou com a apresentação Batucada Quebra Coco de Estância, dos grupos folclóricos do projeto SINTESE Cultural e do Coral do SINTESE.
“A nossa expectativa para 2017 é que os novos gestores municipais ao assumir seus respectivos mandatos tenham uma postura de respeito a Educação. Com relação a rede estadual esperamos que o governador Jackson Barreto não queira levar para a história política dele o fardo de ter destruído a carreira do magistério, de ter destruído a Educação. Ele precisa apresentar para os professores e professoras proposta de reajuste do piso, de reconstrução na carreira, de condições de trabalho”, finaliza a presidenta Ivonete Cruz.
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