Além de enfrentar chuva dentro das salas, alunos convivem com risco de incêndio

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Situação do telhado da Escola Estadual Coronel Maynard Gomes

Na semana passada o SINTESE denunciou a triste situação dos alunos da Escola Estadual Coronel MaynardSituação do telhado da Escola Estadual Coronel Maynard Gomes Gomes, localizada na cidade de Porto da Folha. Devido à chuva que caiu naquela região, no dia 12 de maio, e a má conservação do telhado da escola os alunos foram obrigados a assistir as aulas como seus guarda-chuvas abertos dentro das salas.

Mas esta trágica situação é apenas um pequeno recorte da cruel realidade que alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Coronel Maynard Gomes vivenciam no dia a dia. O prédio que abriga a unidade de ensino data de 1942. A Secretaria de Estado da Educação fez duas obras de ampliação no prédio da escola ao longo deste período: a primeira em 1981 e a segunda em 1995. Passaram-se 18 anos e nenhuma outra reforma foi feita, o prédio da escola está em ruínas.

Os vidros das janelas já não existem mais, algumas foram vedadas com pedaços de madeira para evitar que a água da chuva entre nas salas. Não há descarga e nem portas nos banheiros, os quadros foram corroídos pelo tempo e os professores não têm mais condições de escrever neles. A tubulação da escola está entupida, quando chove a água não tem como escoar e acaba invadindo as salas de aula. Outro grave problema são as instalações elétricas da escola, o risco de incêndio devido a curto-circuito é inerente, o que coloca em risco a vida dos estudantes, professores e funcionários.

Devido a todos este problemas estruturais, desde o dia 15 de maio, as aulas na Escola Estadual CoronelNos banheiros não há descarga e nem portas Maynard Gomes estão suspensas. Uma obra para trocar o telhado da unidade de ensino foi iniciada e devido a isso não há previsão para o retorno das aulas.

Estrutura pedagógica

Como denunciado na semana passada, a estrutura pedagógica da Escola Estadual Coronel Maynard Gomes também é precária. Os estudantes não contam com internet, quadra poliesportiva, biblioteca, sala de reforço, sala de recursos e nem laboratório científico. Além disso, outra grave denúncia é que desde que as aulas começaram, em março de 2014, faltam professores de química e biologia. Há duas semanas a professora de português entrou de licença maternidade e a Secretaria de Estado da Educação (SEED) não enviou ninguém para substituí-la. 

Todos estes problemas foram relatados em ofício, que o SINTESE enviará a Secretaria de Estado da Educação exigindo que providências sejam tomadas. “São 18 anos sem nenhum reparo na escola. O resultado não poderia ser outro: um prédio caindo aos pedaços, onde não há condições de ensino e aprendizagem. Não podemos permitir que professores, estudantes e funcionários tenham suas vidas colocadas em risco. Eles não podem pagar pelo descaso e desrespeito dados a educação pública pelo governo do estado” pontua a diretora do Departamento da Base Estadual do SINTESE, Cláudia Oliveira. 

 

A última reforma no prédio da escola foi em 1995

 

Na semana passada os alunos tiveram que assistir às aulas com guarda-chuvas abertos devido à condição do telhado

 

Os professores não podem mais usar os quadros