Insistência de pais e SINTESE mantém matrículas na E.E. João Bosco de Lima

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Reunião de pais reverteu decisão

Reunião de pais reverteu decisão

 

Pais, mães e responsáveis pelos alunos da Escola Estadual João Bosco de Lima saíram um pouco mais tranquilos da reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 22. Mas a tranquilidade se deu após várias intervenções contrárias a ideia da Secretaria de Estado da Educação – SEED de fechar as matrículas da escola, localizada no conjunto Bugio, para o semestre letivo de 2014.

A argumentação da SEED para tal fato foi a negativa dos pais, mães e responsáveis em não aceitarem a transferência dos filhos para um prédio em outro bairro (Salgado Filho) enquanto a escola passa por reforma. “Tenho três filhos pequenos (5, 7 e 9 anos) e não aceito que eles vão para longe, se acontecer alguma coisa com eles, como vai ficar?”, questionou Antonilda da Silva.

Os pais também não concordaram com o fechamento das matrículas da escola, pois não há vagas nos demais estabelecimentos de ensino do bairro. “Para este ano tentei matricular minha filha em outra escola, cheguei a dormir na porta, mas não consegui vaga e não quero minha filha em um colégio longe do bairro”, conta Ediclê Silva dos Santos, mãe de uma aluna do 3º ano do ensino fundamental.

Antonilda da Silva não quer os filhos longe do bairro

O diretor do departamento de Base Estadual, Roberto Silva dos Santos esteve na reunião e também conversou com os pais sobre o posicionamento do sindicato de ser contrário ao fechamento da escola. “Deixar de fazer as matrículas não é a solução para o problema e vai deixar uma comunidade inteira sem a escola”, aponta Roberto.

Para o sindicato é preciso que a SEED reveja essa política, pois qualquer motivo é utilizado para fechamento de escolar, turnos e turmas. “É grave essa renúncia de matrícula que a Secretaria de Estado da Educação está fazendo. Esperemos que isso não ocorra mais, pois dialogando com as comunidades é possível chegar a resolução dos problemas”, refletiu.

Um esforço coletivo será realizado para que sejam encontrados prédios e/ou salas disponíveis nas escolas da região para abrigar os 600 alunos (que estudam entre o 1º e o 9º ano do Ensino Fundamental) enquanto a escola será reformada no próximo ano.