Comunidade pede mudanças na Escola Estadual 8 de Maio

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Goteiras e cocô de passarinho que atingem a cabeça dos alunos, telhas 8demaiode amianto que tornam o ambiente insuportável por conta do calor. Esses são alguns dos obstáculos enfrentados diariamente pelas crianças que estudam na Escola Estadual 8 de Maio, localizada no bairro Porto Dantas em Aracaju.

As precárias condições oferecidas já foram alvo de denúncia do Sintese, que encaminhou a Secretaria do Estado de Educação (Seed) ofício solicitando medidas para acabar com esses problemas. Até o dia de hoje nenhuma resposta foi dada por parte do Estado e a situação na escola permanece a mesma.

Cansada da falta de assistência, a comunidade escolar em parceira com a Associação de Moradores lançou um abaixo-assinado a ser entregue ao governo. Além do pedido de reforma, solicita que a Escola tenha suas séries ampliadas, passando a atender o ensino fundamental completo e também o ensino médio. A reivindicação dá-se pelo fato de as crianças, ao passarem para o 6º ano, terem de se deslocar para outro bairro.

A falta de investimento em educação e em especial na garantia do Ensino Médio é reflexo de dados de abandono alarmantes como os apontados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2003, 17% dos estudantes do EM deixaram as escolas.

Somam-se a Associação de Moradores a Creche Berenice Campos, o Posto de Saúde e o Centro de Referência e Assistência Social do Porto Dantas, a Igreja Católica Nossa Senhora Mãe dos Pobres e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação. “O Sintese entende que a comunidade precisa ter acesso à escola e que essa escola precisa oferecer uma educação de qualidade”, disse Roberto Silva (Diretor do Dep. de Base Estadual).

Neste sábado, o programa A Hora da Verdade discutirá a questão e tem como convidada Rosana Santos, representante da Associação de Moradores. O A hora da Verdade vai ao ar às 7 da manhã na Rádio Jornal (540 AM).