Comunidades escolares de 3 unidades de ensino fazem ato em Poço Redondo

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Forro de uma das salas do C.E. Justiniano Melo e Silva

Forro de uma das salas do C.E. Justiniano Melo e Silva

Na tarde desta terça-feira, 02, estudantes e professores das escolas estaduais Justiniano de Melo e Silva, Noêmia de Souza e Durval Rodrigues Rosa no município de Poço Redondo fazem ato público pelas ruas do município. Eles exigem reformas na estrutura física e envio de funcionários.

Em visitas feitas pelo sindicato às escolas foi constatada que a falta de um política de manutenção têm deixado a comunidade escolar órfã de um ambiente onde o processo de ensino e aprendizagem seja aplicado de forma tranquila.

No Colégio Estadual Professora Noêmia de Souza, localizado no povoado Santa Rosa do Ermírio os fios de alta tensão estão soltos, provocando curto-circuito e colocando em risco a vida de estudantes e professores que têm medo de aceder as lâmpadas das salas de aula do Colégio em foco, para não levar choque elétrico. As grades dos portões estão quebradas, permitindo a entrada de pessoas que não fazem parte da comunidade escolar e de animais.

O colégio está rodeado de matagal e as paredes estão com rachaduras em vários pontos no interior do prédio. Os canos estão estourados e a água não é apropriada para uso. Janelas basculantes estão quebradas e as descargas do banheiro estão, também, sem funcionamento. A quadra de esportes foi interditada devido à ferrugem que corroeu toda a cobertura e existe uma infestação de maribondos nas salas de aula.

Rachadura no C.E. Profa Noêmia de Souza

Além de todos os contratempos na estrutura física, o citado Colégio, também não conta com a presença de funcionários para a vigilância, preparação da alimentação escolar e trabalho administrativo.

Os problemas do Colégio Estadual Justiniano Melo e Silva, localizado na sede do município são semelhantes: as paredes estão com o reboco deteriorado; o forro de PVC está caindo, os banheiros precisam de reparos e foi constatado também que a estrutura elétrica precisa ser refeita.

Também faltam funcionários para o trabalho administrativo, vigilância e preparo da alimentação escolar.

“As comunidades escolares não aguentam mais tanto descaso, por isso vão as ruas exigir o mínimo de qualidade nos prédios das unidades de ensino e funcionários que garantam o funcionamento, pois sabemos que o processo de ensino e aprendizagem não se faz somente com alunos e professores, mas com estrutura física adequada”, aponta Hugo Santana, da coordenação da sub-sede Alto Sertão do SINTESE.

O SINTESE, inclusive, já denunciou a situação destas escolas ao Ministério Público.