Moradores das proximidades do Colégio Estadual Governador Djenal Tavares de Queiróz, localizado no bairro São José, em Aracaju, acordaram com um grande susto na manhã desta segunda-feira, 6. A entrada lateral do Colégio, onde fica a rampa de acessibilidade, que dá acesso à quadra e a piscina, estava pegando fogo.
Por volta das seis da manhã, bombeiros foram acionados e rapidamente conseguiram conter as labaredas. O incêndio teve início em um pequeno barraco montado por um morador de rua, que vivi na rampa de acessibilidade do Colégio Estadual Governador Djenal Tavares de Queiróz, a mais de um ano. A tragédia não foi maior, pois no momento do incêndio o morador de rua não estava no local.
A ação rápida dos bombeiros também impediu que o fogo se alastrasse e atingisse a área onde ficam os botijões de gás do Colégio, o que poderia ter gerado uma catástrofe de grandes proporções.
SEED cruzou os braços
Como a entrada lateral do Colégio Estadual Governador Djenal Tavares de Queiróz não é utilizada pelos estudantes, a mais de um ano, um senhor, morador de rua, fez a rampa de acessibilidade, que fica no local, de moradia e chegou até a construir um pequeno barraco.
Ao assumir a direção da escola, em maio de 2016, a professora Ana Paula Rocha, notificou a Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), órgão vinculado a Secretaria de Estado da Educação (SEED), sobre a situação, mas meses se passaram e nenhuma providência havia sido tomada.
A própria diretora colocou que já havia uma ação no Ministério Público Estadual pedindo que a SEED tomasse alguma providência sobre o assunto e retirasse o morador de rua da entrada do prédio púbico. Mas até então, a situação se arrastava.
Na semana passada uma equipe da SEED esteve pela primeira vez no local para conversar com o morador de rua no sentido dele desocupar a porta da unidade de ensino. De acordo com a diretora, Ana Paula Rocha, a equipe disse que voltaria nesta quarta-feira, 7, para novamente dialogar e tentar encontrar uma solução.
“Há meses a SEED sabe da situação e só agora esboçaram uma tentativa de solução. O senhor que ali vivia é um ser humano, em situação de vulnerabilidade e a SEED, por ser a responsável pelo prédio e pela segurança dos estudantes que ali estão, em conjunto com a Assistência Social, deveriam ter feito um trabalho para retirar daquele espaço o senhor que utilizava a rampa de acessibilidade do Colégio como moradia e conduzi-lo a uma abrigo ou a uma moradia provisória”, acredita a diretora do SINTESE e professora do Colégio Djenal Tavares de Queiróz, Cláudia Oliveira .
Para a diretora do SINTESE as medidas demoraram muito a ser tomadas e infelizmente o incêndio aconteceu. “A tragédia poderia ter sido muito maior. Ficamos felizes que o senhor que morava ali não estava em seu barraco na hora do incêndio. E que os bombeiros agiram rapidamente impedindo que o fogo chegasse aos botijões de gás do Colégio, se isso tivesse acontecido o Djenal de Queiroz poderia ter explodido. Este fato torna-se mais uma prova de que a SEED cruza os braços, faz pouco caso dos prédios das escolas da rede estadual e consequentemente de professores e estudantes”, aponta a professora Claudia Oliveira.
As aulas no Colégio Estadual Governador Djenal Tavares de Queiróz foram suspensas para esta terça-feira, 7. A diretora da unidade de ensino espera a perícia da Secretaria de Estado da Educação para poder liberar ou não o segmento do ano letivo.