Estudantes do C.E. Leonor Teles fazem ato para exigir reforma da unidade de ensino e instalação de ar-condicionados

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Insalubre: esta é a palavra que descreve a situação das salas de aula do Colégio Estadual Leonor Teles, localizado no bairro Mosqueiro, em Aracaju. Por isso, na tarde de segunda-feira, dia 24, estudantes, professoras e professores fizeram ato em frente ao prédio do Colégio para exigir, da Secretaria de Estado da Educação (Seed), reforma da unidade de ensino e colocação de ar-condicinados nas salas de aula, como já havia sido prometido pelo secretário da pasta de educação, Zezinho Sobral.

Diante deste cenário, de estudantes e professores que têm passado mal diariamente nas salas de aula por conta do calor insuportável, as professoras e professores do Leonor Teles decidiram não retornar às salas de aula, a partir desta segunda-feira, até que a Secretaria de Estado da Educação traga uma resolução ao grave problema.

Promessas não cumpridas

A reforma do Colégio e a instalação de ar-condicionados nas salas de aula é uma luta que vem sendo travada já há dois anos pela comunidade escolar. O secretário de estado da educação, Zezinho Sobral, esteve no Leonor Teles, em 2023, e prometeu que ar-condicionados seriam instalados na unidade de ensino.

Para dar início ao processo de instalação, foram vetadas todas as janelas das salas de aula e tudo parou por aí: até agora sobra promessas, sobra calor e faltam ar-condicionados.

A situação é de total insalubridade. Com o calor de mais de trinta graus, registrado durante todo o mês de fevereiro, em Aracaju, as salas se tornaram verdadeiras “saunas de aula”, estudantes e professores passam mal todos os dias, desde o início do ano letivo, e as condições de ensino e aprendizagem são severamente prejudicas.

Um outro problema enfrentado pelos estudantes é a quadra esportiva descoberta: como fazer atividades físicas em baixo de um sol inclemente e em um calor escaldante? Uma situação que, além dos prejuízos as aulas de educação física, traz riscos a saúde dos professores e estudantes, como insolação, desidratação e queimaduras na pele.

O SINTESE vai levar o caso ao Ministério Público Estadual e também notificará a Secretaria de Estado da Educação. O professor Roberto Silva, presidente do SINTESE, esteve no ato em frente ao Leonor Teles, na tarde de segunda, para levar sua solidariedade a comunidade escolar.

“As aulas iniciaram com esta condição de trabalho insuportável para professores e estudantes e por isso este ato aconteceu para pedir respeito, por parte da Secretaria de Estado da Educação, aos professores e estudantes do Leonor Teles. Vamos notificar o Ministério Público pedindo providências imediatas em relação a situação de insalubridade da escola e também vamos notificar o secretário de estado da educação para que tome as providências, já que o próprio secretário esteve na escola, fez a promessa de que seria priorizada a escola para a colocação de ar-condicionados, mas até agora nada foi feito e professores e estudantes estão sofrendo em condições completamente insalubres. A Seed precisa tomar medidas já”, cobra o presidente do SINTESE.