Gestão Democrática: um salto de qualidade

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O projeto de gestão democrática possibilita um salto qualitativo no ensino e no funcionamento das escolas da rede pública do Estado de Sergipe. Através dele, pais, alunos, professores, gestores e a sociedade civil organizada poderão definir a política de educação do Estado que será executada pelo Secretário de Educação. Entre outras vantagens, isso permite que os projetos de gestão educacional não sejam interrompidos com a alternância de políticos no poder.

A população ainda não está devidamente informada sobre as mudanças que estão prestes a acontecer, pois o projeto de gestão democrática está em vias de ser enviado para a Assembleia Legislativa e já conta com o apoio manifesto de 22 dos 24 deputados estaduais.A descentralização acontecerá através da criação e atuação de quatro organismos:

1- Congresso de Educação: É formado por pais, professores, alunos, gestores e sociedade civil. Sua função é definir a política de educação do Estado.
2- Assembleia Escolar: Professores e alunos poderão discutir todos os problemas da escola e buscar soluções concretas, decidindo onde será aplicado o recurso da escola.
3- Conselho Escolar: Formado por professores e alunos, ele irá partilhar a gestão escolar com o diretor da escola.
4- Eleição de Diretores: A comunidade escolar poderá escolher o diretor de sua escola. Todos os candidatos deverão passar por um curso de formação e apresentar um Plano de Trabalho. Depois de eleito, o diretor passará por novo curso de capacitação.

Mudar para Melhorar
O professor Roberto Silva Santos, Diretor do Departamento de Base Estadual do SINTESE, resume que os problemas vivenciados nas escolas estaduais poderão ser discutidos e resolvidos com a implantação da gestão democrática. “Os alunos e professores que trabalham e estudam na escola são as pessoas que mais conhecem os problemas e dificuldades vivenciadas. Por isso sua contribuição é fundamental. A política educacional não será mais aquela implementada em pacotes, mas a própria comunidade estará escolhendo como será seu funcionamento, é ela quem vai gerir o recurso repassado para a escola”, esclarece o professor.

Roberto cita que entre outros benefícios que virão com a gestão democrática estão a qualificação do gestor escolar e a objetividade de suas ações; o fim da perseguição de professores ou de má aceitação do diretor pela comunidade escolar, e o fim do ‘apadrinhamento’ na escolha do diretor.